Antes de embarcar nesta terça-feira para a cidade mexicana de San Luís Potosi, onde a seleção brasileira de natação fará o período de aclimatação para a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, Cesar Cielo admitiu preocupação com a altitude. A sede do Pan fica localizada a cerca de 1.500 metros acima do nível do mar, enquanto a última fase de treinamento será feita a 1.900 metros acima do nível do mar, justamente para que os nadadores cheguem bem preparados no evento.
“A primeira vez que competi em altitude foi em 2006, num Sul-Americano, e sofri bastante. Essa coisa de chegar em cima da hora ou bem antes para se adaptar varia de pessoa para pessoa. Lembro que pesou para mim. Nadei na época os 100 metros livre para 50 segundos. Uma hora depois fui para o revezamento e aumentei meu tempo em dois segundos. Senti cansaço. Quero ver como vou reagir”, diz Cielo, lembrando que terá duas semanas de aclimatação até o início das competições de natação em 15 de outubro.
“Vai ser interessante chegar um pouquinho mais cedo para sentir a altitude nas situações do dia a dia. Será bom para aumentar a nossa sensibilidade e chegarmos à competição um pouco mais confortáveis. Eu, pessoalmente, não sei nem o que esperar porque será a primeira vez que vou para a altitude com um tempo maior. É vencer esse medo da altitude antes de a competição começar, tentar se acostumar”, afirma Cielo, que ficará com a seleção brasileira em San Luís Potosi até o dia 12 de outubro.
Grande astro da natação brasileira, Cielo vai tentar em Guadalajara repetir os títulos que conquistou na última edição do Pan, há quatro anos, no Rio, quando ganhou três medalhas de ouro (100 metros livre, 50 metros livre e revezamento 4×100 metros livre) e uma de prata (revezamento 4×100 metros medley) – ele vai disputar as mesmas quatro provas. “Não tirei férias depois do Mundial (realizado em agosto, em Xangai), mas estou bem preparado, bem treinado, em boa forma física”, conta o campeão.