Durou apenas duas semanas a permanência de Vittorio Medioli no cargo de CEO da nova gestão do Cruzeiro. Neste domingo, o empresário comunicou a sua decisão de deixar a função, alegando que a legislação não permite a sua permanência no cargo. Medioli é prefeito de Betim, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte.

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“O CEO do Cruzeiro será outro. Ficou esclarecido que o estatuto do Cruzeiro me impede de assumir. Aceitei durante 15 dias participar de uma tentativa de resgatar, que me permitiu conhecer a extensão do imbróglio azul e apresentar estratégias e medidas que o verdadeiro CEO, aquele legitimado, poderá usar.Enfim, não posso e não vou assumir, mas não sumir. Darei tudo que posso e a lei me permite”, escreveu o empresário em sua coluna no jornal O Tempo, de sua propriedade.

Medioli, porém, prometeu não se afastar completamente do dia-a-dia da nova gestão do clube. Ele havia assumido em 23 de dezembro a função de CEO do grupo que comanda o Cruzeiro após a renúncia do presidente Wagner Pires de Sá.

Nas últimas semanas, Medioli vinha liderando reuniões e a tomada de decisões no Cruzeiro, como mudanças estruturais, o que incluiu a demissão de diversos funcionários, a busca por revisar e alterar contratos com parceiros, além da negociação de acordos para a saída de jogadores. O empresário avisou que o clube pretende adotar um teto salarial de R$ 150 mil. Além disso, participou de encontros com a fornecedora de material esportivo Adidas e a Minas Arena, gestora do Mineirão.

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Ainda não está definido quem sucederá Medioli na função de CEO do Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro. Mas isso deve ocorrer em breve, ainda mais que a reapresentação do elenco para a temporada 2020 foi agendada para segunda-feira. Com o clube passando por grave crise financeira, é esperado a definição sobre mudanças profundas no elenco. A intenção da diretoria é negociar acordo com atletas que possuem altos salários para redução dos valores ou rompimento do vínculo.