Marcel: o importante é o time
fazer a parte que lhe cabe.

O Paraná Clube corre atrás de um resultado histórico no próximo sábado. Caso supere o Grêmio – às 18h10, no Pinheirão – atingirá a marca de 100 vitórias em campeonatos brasileiros da primeira divisão. De quebra, a conquista dos três pontos pode representar a saída da zona de rebaixamento em momento estratégico. Sustentado por uma campanha equilibrada desde o retorno de Paulo Campos, o tricolor parte em busca das quatro vitórias que devem lhe assegurar permanência na Série A. “É hora de uma arrancada em busca do objetivo”, frisam os jogadores.

O treinador garante já ter feito todas as projeções e cálculos possíveis, mas em hipótese alguma abre estas contas para o grupo. “Não transfiro esse tipo de responsabilidade aos atletas, não”, disse Paulo Campos. “O que cobro é empenho, dedicação aos treinos e atitude nos jogos, pois temos totais condições para terminar bem o ano. Não será fácil, mas vamos lá”, afirma o técnico, sem nunca deixar transparecer quantos pontos acha que o time precisa somar para alcançar a meta traçada desde a sua volta ao clube.

Pelo aproveitamento atual, 51 pontos seriam suficientes. Os clubes, de uma forma geral, usam o 53 como “número mágico”. Se atingir esta marca, o Paraná leva vantagem sobre a maioria dos concorrentes, pois já conta com maior número de vitórias – primeiro critério de desempate. A regra só não vale em relação a Vitória, Criciúma e Paysandu, que têm uma vitória a mais que o tricolor. “Temos é que fazer a nossa parte, vencer os jogos e deixar essas contas para depois”, frisou o meia Marcel, que ganhou a condição de titular e já fez seis gols na competição.

Um resultado positivo em jogo considerado “perigosíssimo” pelo próprio Paulo Campos asseguraria ainda uma vantagem de nove pontos sobre o Grêmio. “Estaríamos tirando um concorrente do páreo”, lembrou o artilheiro Galvão. Na busca pelo equilíbrio necessário para obtenção da vitória, a comissão técnica intensifica treinos técnicos e tático, contando com praticamente todo o grupo. O meia Canindé, porém, deve ficar mais uma rodada de fora. Ontem, ele apenas fez um treino específico, já que sente limitações de movimentos devido à entorse de tornozelo que sofreu há dezoito dias.

No coletivo desta tarde, Paulo Campos define o time que deve atuar com Flávio; João Paulo, Fernando Lombardi, Émerson e Vicente; Axel, Beto, Cristian e Marcelo Passos; Marcel e Galvão. O Paraná, apesar dos números positivos ao longo dos últimos 11 jogos – período em que sofreu apenas 3 derrotas – só conseguiu duas vitórias em seqüência em uma oportunidade. “Esse é o jogo. Jogamos em casa e precisamos nos impor, com o apoio do torcedor e com confiança dentro das quatro linhas”, frisou o capitão Axel.

Sábado é dia de revanche

O jogo deste sábado tem sabor de revanche. Ao menos para os jogadores do Paraná Clube. No primeiro turno, o Tricolor foi humilhado em Porto Alegre, perdendo por 4×0, na primeira goleada sofrida sob o comando de Gílson Kleina. Foi a partir desse jogo, a rigor, que o treinador sofreu o primeiro duro golpe e começou a perder o controle da situação. Por mais que tivesse se mantido no cargo por mais dez rodadas,

os 4×0 em Porto Alegre mostraram a fragilidade do sistema defensivo adotado por Kleina.

Na seqüência, o Paraná sofreria outras oito derrotas, sendo quatro delas por goleada. Números que ainda determinam o péssimo saldo de gols do Tricolor no Brasileirão: – 22, o pior entre os 24 clubes que integram a primeira divisão. O Paraná é seguido de perto por Ponte Preta e Paysandu (-21). Paulo Campos conseguiu tirar do time o rótulo de “defesa mais vazada”, que hoje está com o Vitória. Como reduzir significativamente o saldo é pouco provável, o Paraná tenta se garantir pelo número de pontos e de vitórias.

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