Ao marcar o gol que garantiu a vitória por 2 a 1 sobre o The Strongest, de virada, na noite da última quinta-feira, no Morumbi, Luis Fabiano se igualou a Rogério Ceni como maior artilheiro do time na história da Copa Libertadores. Os dois ídolos balançaram as redes 12 vezes cada um na competição continental, e o goleiro festejou o fato de sua marca ter sido atingida pelo atacante e já projetou uma enxurrada de novos gols do artilheiro tricolor.
“O Luis igualou hoje (quinta-feira), mas vai passar no restante da competição. Que faça mais uns oito gols. Ficarei muito feliz com isso”, ressaltou Rogério, que depois viu Luis Fabiano exaltar a importância do goleiro para o São Paulo e o peso de seu novo feito no torneio. “Fico feliz pela vitória e de ajudar com esse gol. Consegui igualar um grande ídolo que é o Rogério Ceni, que tem muita história na Libertadores”, disse o camisa 9, que agora acumula 163 gols em 225 partidas pelo clube.
Esta é apenas a segunda vez que Luis Fabiano disputa a Libertadores, depois de ter marcado oito gols em sua primeira participação, em 2004. E, nesta quinta-feira, o tento do atacante foi fundamental para o São Paulo, que vinha de derrota para o Atlético-MG e acabou surpreendido com o bom jogo feito pelo The Strongest, conforme destacou Rogério Ceni.
“Foi uma partida de muita vontade contra uma equipe fechada, que surpreendeu. Depois que levamos o gol aceleramos demais e erramos passes. Hoje não tem mais bobo em lugar nenhum. Pelas circunstâncias, valeu”, enfatizou o goleiro, antes de confirmar que não sabe se poderá enfrentar o Penapolense, domingo, fora de casa, pelo Paulistão, por causa de dores na perna direita. “Puxei um pouco atrás, mas vamos ver se dá para domingo. Se não der, vou preparar para a próxima quinta-feira”, completou, se referindo ao duelo contra o Arsenal, da Argentina, no Pacaembu, pela Libertadores.
GANSO DECISIVO – Após entrar no time apenas no segundo tempo, substituindo Denilson, Paulo Henrique Ganso fez boas jogadas e ainda deu a assistência que resultou no gol de Luis Fabiano. Depois do duelo, o meio-campista festejou o fato e encarou com naturalidade o sofrimento enfrentado pelo time para superar o The Strongest.
“Libertadores é assim, o mais importante é conquistar os três pontos. Isso nos deixa vivos na competição. Entrei para ajudar a equipe, pois o The Strongest estava fechado, marcando muito bem”, ressaltou Ganso, antes de prever mais dificuldades nos próximos jogos. “A nossa equipe está muito forte, mas sabemos que os jogos serão complicados, não só na nossa chave. As outras equipes vão vir bem também na competição”, reforçou.
O técnico Ney Franco, por sua vez, seguiu a mesma linha de discurso de Ganso ao comentar a vitória são-paulina. “Acho que fizemos uma boa partida. É um jogo de Libertadores, que não tem facilidades, não existe jogo fácil. Em alguns momentos você tem de ter tranquilidade. O que vale é que estamos com os três pontos e ninguém tira mais da gente”, comemorou.
O treinador tambén festejou o fato de que suas substituições surtiram o efeito desejado, pois saiu dos pés de Cañete, que entrou no lugar de Aloísio, o passe para Ganso dar a assistência que resultou no gol de Luis Fabiano. “Os jogadores que estavam no banco entraram bem, as substituições deram certo e foram decisivas. Procuramos o gol o tempo inteiro. Hoje (quinta-feira) saio com a tranquilidade pelo trabalho que fizemos”, ressaltou.
