O goleiro Rogério Ceni foi o responsável por vazar Marcelo Grohe, do Grêmio, depois de uma invencibilidade de mais de oito jogos sem sofrer gol. O tento marcado na vitória do São Paulo por 1 a 0 foi o 122º da carreira do capitão tricolor. “Quanto melhor batida, maior a chance de fazer o gol. Vale o cara que tem a coragem de colocar a bola lá quando está 0 a 0. Acho que a responsabilidade é dos mais velhos, então temos de assumir”, avisou Ceni.
Do outro lado, Grohe lamentou o resultado. “No pênalti ele tem muita qualidade. Tentei esperar até o máximo, mas não foi possível. Saímos com a derrota e agora é ter tranquilidade para recuperar quarta-feira. Não podemos falar da arbitragem, porque depois seremos punidos”, explicou o goleiro gremista, que se apresenta neste domingo à seleção brasileira.
O próprio Rogério Ceni reconhece a boa fase do adversário e espera que ele possa brilhar no time de Dunga. “Ele é um goleiro que vem jogando bem e fico feliz de vê-lo na seleção, acho que é merecedor disso”, afirmou, lembrando que quebrar a marca de Grohe foi apenas coincidência. “Não tem nada de especial por isso.”
O capitão do São Paulo confirmou mais uma vez que não jogará a próxima temporada. “É o momento de parar, vou para 42 anos, a carga de responsabilidade é muito grande. Claro que é um prazer estar em campo, falei isso para os jogadores, que eles tinham de desfrutar a possibilidade de jogar em um estádio desses”, disse, numa referência à Arena Grêmio.
Só que Ceni não quer parar sem vitórias. Ele explica que ainda pode aumentar a quantidade de partidas com a camisa do São Paulo – com o jogo deste sábado, são 1.168 jogos – se o time for bem na Copa Sul-Americana. “Se chegarmos à final do torneio, são mais 19 jogos na carreira. Quero deixar o São Paulo classificado para a Libertadores do próximo ano e buscar o título da Sul-Americana. Sei que isso é importante financeiramente para o clube”, concluiu.