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Celso Roth chega e fala em trabalhar com o que tem no Coritiba

Sereno e bem humorado, Celso Roth assumiu o Coritiba com um discurso realista, mas sem deixar de enviar uma mensagem de otimismo ao torcedor coxa-branca. O gaúcho de 56 anos pela primeira vez na carreira chega a um clube paranaense e tenta, no Coritiba, emplacar uma sequência maior do que a sua média recente. O treinador chegou a ficar um ano e quatro meses distante da rotina do futebol. Período em que procurou “se refazer”, acompanhando jogos, curtindo a família e cuidando de seus negócios.

O “remodelado” Celso Roth garante, no entanto, que a coletiva “light” faz parte de um início de trabalho. “Vocês devem estar gostando. Estou falando em um tom de voz gostoso. Normalmente eu não sou assim”, avisou. “O futebol te absorve. Você trabalha dezoito horas em cima do time, do que fazer, do que treinar, de quem escalar. Por isso, é natural que você não esteja sempre sorrindo”. O treinador aceitou o desafio de reestruturar o futebol do Verdão, às vésperas do Campeonato Brasileiro.

Um fato recorrente na trajetória de Celso Roth, muitas vezes apontado como “bombeiro” e “o cara” para corrigir as diretrizes de um time. “Tenho um pouco de culpa nessa história. Nos últimos anos, evitei estaduais”, confirmou. O último trabalho de Roth havia sido no Cruzeiro, em 2012. Lá, reformulou o time mineiro após uma crise profunda, fez um Brasileiro de regularidade e depois deixou o clube, que no ano seguinte viria a ser campeão brasileiro, sob a direção de Marcelo Oliveira.

“Aqui, o momento é parecido. E as metas também. O primeiro passo é um Brasileiro sem sustos. A partir daí, vemos até onde é possível chegar. O que não vai faltar é trabalho, trabalho e trabalho. Não vou me acomodar com um objetivo de só não levar sustos. O Coritiba é grande demais para isso”, comentou Roth. “Temos que sonhar com o máximo. Se vamos conseguir, é outra história. O torcedor sabe que temos deficiências e o torcedor sabe disso. Temos que projetar um time forte em casa e buscando pontos fora. É o que vamos buscar”.

Roth trabalha, desde já, contra o relógio. Na próxima quarta-feira, faz a sua estreia no comando do Verdão, frente ao Cene, pela Copa do Brasil. “Não vou nem falar em tempo ideal, pois uma filosofia de trabalho só é aplicada dentro de seis, sete meses. Temos nove dias e é com isso que a gente já está trabalhando”, comentou. Celso, do grupo, já trabalhou com Alex e Leandro Almeida. “O segredo é identificar no grupo as nossas melhores qualidades e fazer as escolhas certas para esses primeiros passos”, arrematou o experiente treinador.

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