Foram 11 anos vestindo a camisa do Chelsea desde sua chegada, em 2004, até a despedida, nesta segunda-feira. Neste período, Petr Cech se tornou um dos protagonistas da fase mais vitoriosa da história do clube. Negociado com o principal rival, o Arsenal, o goleiro escreveu uma carta ao time de Stamford Bridge para se despedir, sem esconder uma certa decepção pela saída.

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“Achei que isso nunca ia acontecer, mas é o dia de me despedir do Chelsea Football Club. O clube que vivi cada minuto desde que cheguei em julho de 2004, o clube em que achei que penduraria as luvas e as chuteiras e terminaria minha carreira. Mas a vida nem sempre acontece do jeito que você pensa”, escreveu na carta publicada no site do clube.

Cech estreou no Chelsea em 2004, vindo do Rennes, aos 22 anos. Rapidamente assumiu a condição de titular, cresceu na posição e se transformou em um dos melhores goleiros do mundo. Só perdeu espaço com o retorno de Courtois, que estava emprestado ao Atlético de Madrid, se destacou na Espanha e voltou ao time londrino no início da última temporada para ser o dono da titularidade.

Cech, então, foi para o banco, ficou uma temporada como reserva, mas agora decidiu sair. “No último verão as coisas mudaram e eu entendi que não era mais a primeira escolha para o gol, mas achei que não era a hora certa para sair. Durante a temporada, ficou claro que a situação não mudaria, e como sei que não estou no estágio da minha carreira em que quero ficar no banco, decidi aceitar novos desafios”, explicou.

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Nestes 11 anos de parceria, Cech conquistou 15 troféus com a camisa do Chelsea. Títulos que não poderiam passar em branco na sua despedida. “Desde 2004 tem sido uma incrível jornada com muitos altos e poucos baixos. Conseguimos todos os troféus na Inglaterra, além da Liga Europa e, o mais importante, a Liga dos Campeões. Lembrando desses feitos, não poderia ficar mais orgulhoso! Como time, fizemos história juntos!!”, escreveu.

O título da Liga dos Campeões em 2012, aliás, selou de vez o nome de Cech na história do Chelsea. Foi ele o responsável pela defesa no pênalti de Robben durante a prorrogação, momento que poderia praticamente garantir a conquista ao Bayern de Munique. Depois do empate por 1 a 1 em 120 minutos, o goleiro voltou a aparecer na disputa de pênaltis, pegando as cobranças de Olic e Schweinsteiger.

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“Sem dúvidas uma das maiores noites, se não a maior noite, da história do Chelsea”, resumiu o clube em nota. “O Cech ter papel tão fundamental em nosso principal momento foi a confirmação de tudo pelo que ele havia trabalhado até aquele momento.”