Rio – Depois de definir a fórmula, em turno e returno, do Campeonato Brasileiro da Série B de 2006, José Neves, presidente da FBA (Futebol Brasil Associados), aguarda uma posição oficial do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, sobre o número de clubes que vão ascender na próxima temporada. A dúvida é se subirão dois ou quatro para a Série A.
?Existe uma queda-de-braço entre os clubes da Série B, por unanimidade favorável para que subam quatro times, enquanto os clubes da Série A só admitem o rebaixamento de dois times. A decisão será, exclusivamente, do Ricardo Teixeira?, confirmou José Neves, que terça-feira esteve reunido na CBF junto com o diretor técnico Virgílio Elísio e o supervisor geral Marco Antônio Teixeira.
A idéia da direção da CBF, em princípio, é manter tanto a Série A como a Série B com 20 participantes cada. A posição oficial é esperada para o dia 30 de janeiro, uma vez que o Congresso Técnico está marcado para o dia 2 de fevereiro.
Segundo José Neves, o acordo de transmissão dos jogos, praticamente firmado com a Rede Globo, assegura a competição com dois turnos -portanto, com 38 datas -, viabilizando transporte aéreo e terrestre das equipes, hospedagens e alimentação, assim como a distribuição de um número de cotas a definir para cada participante. O dirigente garante que os clubes terão ainda alguns benefícios da CBF, mas só revelou por enquanto que as taxas de arbitragens serão franquiadas.
O departamento técnico também já teria aceito a sugestão de que haja uma maior racionalidade na elaboração da tabela. Citou como exemplo, o caso de um time da região Sul visitar Recife (PE) e enfrentar, numa só semana, Náutico e Sport, ou no caso de Belém (PA), com o Paysandu e o Remo.
O mesmo aconteceria quando estes clubes viessem para o Sul, realizando, por exemplo, dois ou três jogos seguidos dentro do Estado de São Paulo, que continua com o maior número de participantes. Seis ao todo (Portuguesa, Guarani, Paulista, Santo André, Ituano e Marília). ?Não tenho dúvida de que esta forma vai baratear os custos e diminuir as despesas?, concluiu Neves.