Depois de procurar o apoio das federações estaduais, com um encontro sem alarde na terça-feira, Marco Polo Del Nero, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), busca agora o apoio dos clubes de futebol. Uma reunião foi marcada para a próxima segunda-feira no Rio de Janeiro, mas sem pauta definida.

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“Teremos uma reunião de trabalho. Não sei qual será o tema da reunião”, confirmou Vitorio Piffero, presidente do Internacional. Por meio de sua assessoria, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, afirmou que o convite havia chegado antes do escândalo de corrupção da Fifa que resultou na prisão de sete dirigentes na Suíça, sede da entidade.

Del Nero perdeu o apoio dos cartolas ligados à Conmebol depois de ignorar a ameaça da região de não votar em Joseph Blatter. A ameaça seria uma forma de pressão para que o continente não perdesse o direito de brigar por uma quinta vaga na Copa do Mundo de 2018 na repescagem. Além disso, sua decisão de voltar ao Brasil na semana passada, antes da eleição à presidência da Fifa, fez com que perdesse prestígio não só com o próprio Blatter, mas com todos os membros do Comitê Executivo.

Neste cenário, o dirigente se reuniu na tarde de terça com presidentes de federações estaduais na sede da CBF – antes homenageou e almoçou com jogadores tricampeões do mundo em 1970. Os dirigentes dos estados da região Sul não estiveram no Rio e informaram que não sabiam do encontro.

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Os clubes, no entanto, parecem se mover em outra direção. Presidentes ouvidos pela reportagem confirmam que será realizada uma reunião posterior, somente com representantes de agremiações, mas ainda sem data definida. “Teremos um encontro, mas ainda não foi definida data, nem local. Não sei o assunto”, diz Piffero.

Um dos prováveis temas do encontro é a criação de uma liga dos clubes. Existem conversas para a criação de um torneio regional, com clubes do Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. “Existe uma grande ansiedade dos clubes brasileiros por mudanças. Tivemos algumas tentativas infrutíferas no passado e, diante da crise mundial, aumentam as expectativas e a vontade, mas não ainda não temos nada de concreto”, afirma Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético.

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