Lima – Nada de acerto com patrocinadores, condição climática propícia ou acordos políticos. Depois de três dias em Lima, finalmente alguns integrantes da delegação brasileira revelaram o motivo da CBF ter escolhido a cidade de Arequipa como sede do Brasil na Copa América. Apesar de ter ao redor um contexto cada vez mais profissional, o que contou mesmo nesse caso foi a pura superstição.
Foi em Arequipa, distante cerca de mil quilômetros de Lima, que a seleção brasileira sub-17 ficou baseada em 2001, quando sagrou-se campeã do torneio. Em princípio, a escolha havia despertado a atenção de todos, já que a cidade está a uma altitude de 2.350 metros. Porém, as boas recordações e o fato do local já ser conhecido da equipe responsável pela logística da CBF foram motivos suficientes para bater o martelo.
A Copa América começa no dia 6 de julho com a partida Peru x Bolívia. O Brasil estréia dia 8, contra o Chile. A previsão inicial é de que o time de Carlos Alberto Parreira chegue ao Peru cinco dias antes. A CBF, como de costume, reservou todo o Hotel Libertador para a seleção. Os treinamentos já estão agendados para acontecer no Estádio Mariano Melgar.
Pressa
O maior desafio dos peruanos, no momento, é concluir as obras de cinco de seus sete estádios que serão utilizados no evento. O mais atrasado é o de Piura, na região norte. Os únicos que estariam em condição de uso caso a competição começasse hoje são o de Arequipa e o Estádio Monumental de Lima, local que abrigará os anfitriões na primeira fase e a grande final. “Eles nos prometeram que tudo estará terminado até o dia 30 de maio”, afirmou o diretor da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) e responsável pelas vistorias, Hildo Najar. “Em algumas cidades existem empresários que se comprometeram, caso seja necessário, a investir o que for necessário para a conclusão das obras.”
Oficialmente o governo federal peruano já desembolsou US$ 17 milhões para custear obras. Porém, pessoas ligadas à organização garantem que se for somado a esse valor o que é investido por prefeituras e iniciativa privada, o montante total pode chegar próximo a US$ 100 milhões.