A CBF acabou cancelando de última hora o voo que havia fretado e partiria rumo a Medellín na noite desta terça-feira, do aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos (SP), após entrar em acordo com familiares das vítimas do acidente aéreo trágico da Chapecoense, ocorrido na última madrugada, na Colômbia, que deixou mais de 70 mortos.

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A entidade havia convidado parentes das vítimas do time catarinense para embarcar no voo, cujo custo seria financiado pelo organismo que controla o futebol nacional, com o objetivo inicial de poder ajudar na identificação dos corpos que foram resgatados nesta terça, perto do aeroporto de Medellín, cidade onde a equipe enfrentaria o Atlético Nacional no jogo de ida da final da Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira.

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Após conversarem com integrantes da CBF, familiares das vítimas concluíram que não deveriam embarcar rumo à Colômbia, entre outros motivos, pelo fato de que o reconhecimento dos corpos não deverá ser tão complicado, tendo em vista que não houve explosão no acidente e consequentemente os mortos não foram carbonizados.

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Jorge Roberto Pagura, presidente da Comissão Nacional de Médicos de Futebol (CNMF) da CBF, afirmou nesta terça-feira à tarde que médicos e advogados das partes envolvidas seguiriam rumo à Colômbia para tentar agilizar a remoção dos corpos para o Brasil, depois da identificação dos mesmos.

Ao falar sobre este acordo, Pagura lembrou que o fato de o avião não ter explodido também permitiu que alguns poucos passageiros se salvassem. No caso, sobreviveram o goleiro reserva da Chapecoense, Jackson Follmann, que teve uma perna amputada, o lateral-direito Alan Ruschel, que sofreu fratura vertebral, e o zagueiro Neto, que foi resgatado mais de seis horas depois da queda do avião, com um grande corte na cabeça. Como chovia muito e fazia frio no local do acidente, ele foi encontrado com hipotermia e, segundo um socorrista, apenas mexia os olhos.

“São quadros muito graves, é um acidente de alto impacto. Tanto que há muitos poucos sobreviventes. Houve a possibilidade de alguns se salvarem porque não houve explosão. Na explosão você tem situação de corpos carbonizados, dificuldade maior (de sobrevivência)”, ressaltou o presidente da CNMF.