A CBF anunciou nesta sexta-feira que a inscrição de jogadores refugiados no futebol brasileiro não será considerada para a cota de estrangeiros de cada clube, independentemente do país de origem dos atletas em questão. De acordo com a entidade, trata-se de “uma questão de humanidade e preocupação com o futuro” destas pessoas.

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Segundo nota divulgada pela CBF nesta sexta, a decisão por esta mudança aconteceu em uma reunião realizada na última segunda-feira. Com ela, a partir de 2017 “os atletas que portarem vistos de refúgio ou humanitário poderão ser registrados como atletas nacionais, não mais fazendo parte da cota de estrangeiros, que atualmente é de cinco por equipe”.

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“É uma questão humanitária que preocupa o mundo todo e não poderia ser diferente com o futebol. Trata-se de uma medida concreta e necessária que pode representar oportunidades a estes jogadores que chegam sem nenhuma perspectiva à medida em que, prioritariamente, vêm de países sem muita tradição no futebol”, explicou o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.

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Algumas outras modalidades, e inclusive o Comitê Olímpico Internacional (COI), aprovaram recentemente medidas com o objetivo de auxiliar os atletas refugiados. No Brasil, a mudança adotada pela CBF só será efetivada quando for oficializada no Regulamento Geral de Competições (RGC).