A Confederação Brasileira de Futebol anunciou, no início da noite desta quarta-feira, o afastamento de José Maria Marin, que tem cargo de vice-presidente na entidade e está preso na Suíça, a pedido do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. A CBF também informou que vai “reanalisar todos os contratos ainda vigentes e remanescentes de períodos anteriores”.
De acordo com a CBF, a decisão de afastar Marin da vice-presidência “até a definitiva conclusão do processo” foi tomada em reunião extraordinária no início da noite desta quarta-feira. Já a análise dos contratos antigos, segundo a atual diretoria da CBF, já havia sido decidida no início da atual gestão, em 16 de abril, mas só foi “tornada pública” após a Justiça norte-americana denunciar um esquema de corrupção que dura “duas gerações de dirigentes” sul-americanos e teria começado em 1991.
Marin era o mais velho entre os vice-presidentes da CBF quando Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF, em março de 2012, e assumiu a entidade. O ex-governador biônico de São Paulo manteve-se no cargo até o mês passado, quando foi substituído por seu principal aliado político, Marco Polo Del Nero, eleito com seu apoio.
Presidente da Federação Paulista de Futebol de agosto de 2003 até o mês passado, Del Nero manteve-se aliado a Marin, tanto que o manteve como vice-presidente, o primeiro da linha sucessória.
SEDE MARIN – Inaugurada em junho de 2014, a nova sede da CBF leva o nome de José Maria Marin. Um dos líderes do Bom Senso FC, o ex-jogador Alex cobrou que a homenagem seja retirada. “O prédio da linda sede da CBF no Rio de Janeiro se chamar José Maria Marin é uma piada de péssimo gosto. Façam homenagem a quem fez algo pelo nosso futebol, por favor”, escreveu o craque no Instagram.