CBB confirma permanência do técnico Zanon na seleção

A campanha no Mundial da Turquia foi ruim. A seleção brasileira feminina de basquete venceu apenas uma partida (diante do Japão), foi eliminada pela França nas oitavas de final e igualou o sua pior desempenho no torneio, com o 12º lugar. Apesar do resultado pouco satisfatório, o trabalho do técnico Luiz Augusto Zanon foi considerado positivo pela Confederação Brasileira de Basquete (CBB).

O presidente da entidade, Carlos Nunes, confirmou nesta quinta-feira, um dia depois da eliminação na Turquia, que o contrato do treinador será renovado – o vínculo anterior terminou justamente com o fim da participação no Mundial. Assim, Zanon continua no comando da seleção feminina até 2017, com o objetivo de levar o Brasil ao pódio nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016.

“Ele está integrado com o planejamento, sabe do potencial das meninas e está conduzindo o processo de renovação que queremos e vamos implantar na seleção”, afirmou Carlos Nunes, ao elogiar o trabalho de Zanon. “Está tudo certo. Ele vai tirar alguns dias para descansar e depois vai se reunir com o Vanderlei (Mazzuchini, diretor da CBB) para oficializar o acordo.”

Apesar de não ter ficado satisfeito com o resultado final, Carlos Nunes fez questão de elogiar o treinador e o comportamento das jogadoras. “Eles lutaram bastante. Queríamos ir mais longe, mas é importante ressaltar o trabalho de renovação. O grupo que foi ao Mundial era muito jovem, com média de 24,7 anos, e nove jogadores que nunca haviam disputado o torneio”, comentou o presidente da CBB.

Carlos Nunes está otimista em relação ao futuro da seleção feminina. Segundo ele, há uma base pronta e será possível dar bagagem internacional ao time que disputou o Mundial utilizando verbas que serão repassadas pelo Ministério do Esporte.

A expectativa é que o Brasil possa enfrentar adversários fortes em torneios amistosos. Além disso, o dirigente espera ter força máxima para disputar os Jogos Pan-Americanos e a Copa América, ambos no ano que vem, no Canadá. O primeiro será em Toronto e o segundo, em Edmonton.

“O intercâmbio será maior”, adiantou o presidente da CBB. “Os europeus já demonstraram interesse de vir ao Brasil, algo que não aconteceu antes do Mundial. A França, por exemplo, desistiu de um amistoso que havíamos fechado para ser disputado aqui. O custo, com isso, fica muito menor.”

O dirigente confia ainda no fortalecimento da Liga Feminina de Basquete (LBF), que é comandada pela ex-jogadora Hortência e organiza o campeonato nacional, para que essas jogadoras da seleção possam se desenvolver e que outros valores apareçam para servir ao Brasil.

“O crescimento da LBF é muito importante. A Hortência está conduzindo muito bem o processo. Temos de ter mais equipes, quem sabe até uma liga de desenvolvimento como há no NBB (liga masculina). Isso é fundamental para esta renovação da seleção”, finalizou Carlos Nunes.

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