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CBB cancela votação sobre força-tarefa e deixa decisão com nova diretoria

Sem muitas explicações e sem comunicar os dois candidatos na eleição da próxima sexta-feira, a Confederação Brasileira de Basquete (CBB) cancelou, nesta terça, a assembleia geral extraordinária que estava marcada para acontecer na próxima quinta-feira, no Rio. Este encontro serviria para votar “a criação e a operação” da força-tarefa proposta pela Federação Internacional de Basquete, a Fiba.

Em ofício assinado pelo presidente Carlos Nunes, a CBB cancela a assembleia alegando que a decisão sobre a força-tarefa é “da competência exclusiva” da diretoria a ser eleita na sexta-feira.

A surpreendente decisão da diretoria da CBB vem depois de o cenário para a eleição de sexta-feira mudar completamente. Amarildo Rosa, do Paraná, que foi lançado por 16 dos 28 votantes (15 federações, mais a associação de atletas), perdeu o apoio de três Estados depois de passar a defender a intervenção da Fiba.

O ex-jogador Guy Peixoto, que se lançou candidato como azarão, se recusou a assinar um documento em que se comprometia a abrir a CBB para uma força-tarefa que teria Fiba, Comitê Olímpico do Brasil (COB) e Ministério do Esporte. Com isso, atraiu as federações que estavam indecisas e três das que haviam declarado voto em Amarildo. Em tese, ele teria 15 votos, contra 13 do rival. Se a eleição empatar, Guy é eleito, por ser mais velho.

Em teoria, o cancelamento da assembleia extraordinária deve prejudicar ainda mais a candidatura de Amarildo, que apoiou a chegada de Carlos Nunes à presidência e hoje é seu principal opositor. Como caberá ao próximo presidente da CBB a decisão sobre a força-tarefa e as federações são contra essa intervenção, as chances do dirigente paranaense vencer ficam reduzidas.

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