Motivada pelo recuo do governador Sérgio Cabral em relação ao Parque Aquático Júlio Delamare, a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) aumenta a pressão pela manutenção do Estádio Célio de Barros, que também integra o Complexo do Maracanã, no Rio de Janeiro.
A entidade quer aproveitar a reunião que a federação local fará com o governador, nesta quarta, para tentar evitar a demolição do estádio, o que estava previsto no contrato de concessão assinado entre o governo e o Complexo Maracanã, grupo que venceu licitação para administrar o estádio e seus arredores pelos próximos 35 anos.
“Apoio total à Federação de Atletismo do Rio de Janeiro e aos atletas da cidade olímpica, na pessoa de Robson Caetano”, afirmou o presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes, nesta terça-feira. No dia seguinte, o presidente da Federação de Atletismo local, Carlos Alberto Lancetta, vai se encontrar com Cabral.
O governador surpreendeu na segunda ao afirmar que o Júlio Delamare não será mais demolido. Ele chegou a entrar em contato com Coaracy Nunes Filho, presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), para informar sobre sua nova decisão. No mesmo dia, porém, o Complexo Maracanã disse desconhecer a definição de Cabral.
“Ficamos felizes com a decisão do governador de manter o Parque Aquático Júlio Delamare, tão importante para a natação nacional”, disse o presidente da CBAt. “Agora, esperamos que também a importância do Estádio Célio de Barros para o atletismo carioca e brasileiro seja reconhecida, pois estamos muito perto dos Jogos Olímpicos de 2016. E o Célio de Barros é fundamental na preparação dos atletas do nosso País”, afirmou.
Assim como Parque Júlio Delamare, o Célio de Barros faz parte do complexo esportivo do Maracanã. Mas, ao contrário do primeiro, já começou a ser demolido. A pista de atletismo, por exemplo, já não existe mais. Na reforma do Maracanã, o estádio foi usado como canteiro de obras.