A Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) procurou desculpas, alegou que EUA e Canadá estavam com delegações mais fortes que o usual em Toronto, mas não escondeu que o desempenho do Brasil nas provas de atletismo do Pan foi aquém do esperado. Os brasileiros ganharam 13 medalhas, sendo apenas uma de ouro.
“Esperávamos um número maior de medalhas, tanto no total como em ouros”, afirma o presidente da CBAt, José Antonio Marins Fernandes, o Toninho. “No entanto, devemos considerar que esta edição do Pan foi a mais forte no atletismo, desde os Jogos de Indianápolis, em 1987.”
De fato, algumas provas foram muito fortes. Nos 200m masculino, foram feitos três dos quatro melhores tempos do ano. No decatlo, o campeão fez a segunda melhor pontuação da temporada. Mas o Brasil sabia disso do nível dos rivais quando projetou superar as 23 medalhas obtidas em 2011.
“Esperávamos desde o início uma competição forte, mas acabou sendo mais forte ainda do que imaginávamos, com alguns resultados excelentes”, comentou Nélio Moura, treinador-chefe da equipe brasileira. Ele comanda o time de saltos horizontais, disciplina que mais rendeu os resultados mais expressivos do País em todos os tempos, mas que só ganhou uma medalha em Toronto.
Em nota enviada à imprensa, a CBAt também se preocupou em expressar, nas entrelinhas, que não teve culpa nos resultado decepcionante. “Pudemos proporcionar aos atletas e seus treinadores as melhores condições para a preparação para estes Jogos. Tudo o que foi solicitado foi atendido dentro das disponibilidades da Confederação.