Em uma crise entre os velhos e seus novos donos, a Caterham amanheceu nesta quinta-feira com sua fábrica fechada em Leafield, na Inglaterra. Sem garantias sobre seu futuro, a equipe da Fórmula 1 ameaça se ausentar no GP dos Estados Unidos, próxima etapa do campeonato, no dia 2 de novembro.

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Os funcionários do time inglês encontraram as portas da fábrica fechadas nesta quinta depois que a Caterham emitiu comunicado oficial na noite de quarta, criticando a postura dos ex-donos da equipe.

A Caterham foi vendida ao consórcio Engavest SA pelos antigos donos da equipe – a Caterham Enterprises Ltda., a Caterham Ltda., o Sheik Mohamed Nasarudin, e Tony Fernandes e Datuk Kamarudin Bin Meranun – em junho deste ano.

A negociação, contudo, parece não ter tido final feliz para as partes. Os atuais proprietários afirmam que Tony Fernandes, responsável por comandar a equipe antes da venda, não cumpriu com suas obrigações. Na nota, eles criticaram o fato de não terem tomado posse das ações do time após a compra.

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“O comprador foi deixado na desagradável posição de ter que financiar a equipe sem ter o título legal da equipe que tinha comprado. Isso está em total contradição com o comunicado do vendedor no dia 3 de outubro, que afirmou que Fernandes e a Caterham não tinham mais conexão com a Caterham”, registraram os novos donos, no comunicado.

Sem as ações, eles decidiram abandonar a equipe, o que causou o fechamento da fábrica nesta quinta. Tony Fernandes, magnata malaio, se defendeu ao afirmar que os novos donos também não cumpriram com suas obrigações. De acordo com ele, eles não efetuaram o devido pagamento pela Caterham. “Se você compra algo, deve pagar por isso. Simples assim”, declarou Fernandes, através de sua conta no Twitter.

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Apesar disso, os integrantes do time acreditam na chance de correr no Texas. “Todo mundo está preparado para viajar até Austin. O problema é que os administradores não querem mudar de ideia e isso está dificultando as coisas”, disse Colin Kolles, um dos integrantes da atual direção da equipe.

Chefão da Fórmula 1, Bernie Ecclestone descreveu a situação como “muito complicada”. “Estamos tentando ajudar da melhor forma possível, o que fazemos com todos que enfrentam qualquer tipo de dificuldade”, declarou o dirigente.