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Cássio faz história como único titular de todas as campanhas de título desde 2012

Com o tricampeonato paulista conquistado neste domingo, em Itaquera, Cássio se tornou o único jogador do Corinthians a ser titular em todas as conquistas do time desde a Libertadores de 2012. O goleiro assumiu a titularidade em maio daquele ano, no jogo com o Emelec, pelas oitavas de final da Libertadores, em Guayaquil, no Equador, e de lá para cá esteve presente no gol corintiano em todos títulos.

Ao lado de Gylmar dos Santos Neves, Cabeção, Ronaldo Giovanelli e Dida, ele divide as opiniões sobre qual é o melhor goleiro nos 108 anos de história do Corinthians, mas ganha de “goleada” em quantidade de taças levantadas. Gylmar, para muitos o maior goleiro do Brasil de todos os tempos, ganhou três paulistas (1951, 1952 e 1954) e dois torneios Rio-São Paulo (1953 e 1954).

Reserva de Gylmar, Cabeção jamais decepcionou a torcida ao defender o arco alvinegro. Formado nas categorias de base, Ronaldo foi campeão paulista em 1988, 1995 e 1997, além do Brasileiro de 1990 e da Copa do Brasil de 1995. Dida foi campeão paulista, brasileiro (ambos em 1999) e do Mundial de Clubes, em 2000.

“Tenho muito respeito por todos goleiros que aqui passaram no Corinthians. Tento fazer meu melhor no dia a dia. Lógico que quero passar o Ronaldo em jogos, quero ganhar mais títulos. Mas tenho um respeito grande, eles são exemplos para mim. O que eles fizeram sempre vai ser marcado. Todo mundo é campeão e merecedor. A gente sai feliz por tudo o que tem acontecido”, disse neste domingo.

Gaúcho de Veranópolis, aos 31 anos, Cássio, além de ganhar a Libertadores, foi campeão mundial, da Recopa Sul-Americana, duas vezes do Brasileiro e tetra Paulista. “Fico feliz por fazer parte dos títulos mais importantes do clube.” E com um detalhe especial. Nas últimas vezes, foi o capitão e teve a honra de levantar o troféu.

Nas últimas oito decisões mata-mata o goleiro só não venceu a final da Copa do Brasil ano passado, diante do Cruzeiro. Na final do Paulista do ano passado, diante do Palmeiras, no Allianz Parque, defendeu duas cobranças na decisão por pênaltis, cobradas por Dudu e Lucas Lima. Na semifinal, frente ao São Paulo, na Arena Corinthians, o goleiro também já havia se destacado da mesma forma, com mais duas defesas na disputa de pênaltis. Daquela vez, ele pegou as batidas de Liziero e Diego Souza. Ano passado o reconhecimento pelo seu trabalho veio com a convocação para ser o terceiro goleiro da seleção brasileira na Copa do Mundo da Rússia.

Mas Cássio passou por momentos turbulentos nesses seis anos de Corinthians. Lesões e falhas grosseiras fizeram com que o grandalhão fosse para o banco na reserva do amigo Walter. “Admito que em algumas jogadas perco a concentração”, disse o goleiro.

A crítica é grande para o jogador principalmente nas saídas do gol. Apesar da altura e envergadura privilegiadas, vários lances que resultaram em gols dos adversários foram creditados a Cássio. Mas o goleiro nunca teve problema em assumir seus erros. O seu crédito é enorme. Quem não se lembra da defesa no chute cara a cara de Diego Souza nas quartas de final da Libertadores, diante do Vasco, ou a atuação fantástica na final do Mundial de Clubes, em Yokohama, diante do Chelsea?

Cogitou-se até uma saída do clube em 2016, mas o negócio esfriou e o camisa 12 reassumiu seu lugar de destaque no time. “Quero ficar no Corinthians e escrever meu nome na história do clube”, profetizou.

Em forma, Cássio tem o respeito dos adversários por causa de sua regularidade principalmente nos grandes jogos. Assim como o grande Gylmar, Cássio comete algumas erros em jogos menores, mas é quase infalível nas decisões.

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