O caso de doping da nadadora Rebeca Gusmão vai parar na polícia. O Comitê Organizador dos Jogos do Rio (Co-Rio) anunciou ontem que relatará, para ?autoridades policiais?, o problema encontrado nas amostras de urina da atleta coletadas no Pan-Americano. Anteontem, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) divulgou que foram feitas análises de DNA em células epiteliais encontradas em dois frascos de urina pertencentes à atleta. Por meio desse recurso, foi constatado que pertencem a doadores diferentes. Nas outras duas amostras de Rebeca não havia célula para análise.
O Co-Rio informou que entregará ao secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, relatório sobre o assunto ?para que ele tome as providências necessárias?. O caso, provavelmente, será investigado pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Saúde Pública (DRCCSP). ?A gente, inclusive, já investiga o uso de anabolizantes em academias e no esporte, em geral, por meio de escutas autorizadas pela Justiça?, declarou o delegado Marcos Cipriano, da DRCCSP.
O policial disse ainda que, se for o responsável pelo caso, pretende intimar a própria atleta, a equipe médica e a comissão técnica da seleção brasileira de natação, além de alguns dirigentes e Coaracy Nunes, presidente da CBDA. ?Quero saber como são feitos os exames e os demais procedimentos?, explicou o delegado. Se for aberto processo e se houver denúncia, Rebeca irá a julgamento. No caso de condenação, pode pegar de seis meses a dois anos de prisão por fraude.
Os advogados de Rebeca, Breno Tannuri e André Ribeiro, informaram ontem que só vão falar sobre o caso em uma entrevista coletiva em Brasília, ainda sem data marcada.
As informações são de O Estado de S. Paulo