Caso Dagoberto ainda rende polêmica

A briga judicial entre Atlético e Dagoberto criou uma polêmica em torno da qualidade do jogador. Embora lute para garantir maior margem possível de lucro numa futura transferência, o rubro-negro reduziu a importância histórica do atleta, gerando reações furiosas dos procuradores dele.

Em entrevista coletiva concedida na quinta-feira, o advogado ao Atlético, Marcos Malucelli, disse que Dagoberto não deixou sua marca com a camisa rubro-negra. "O último levantamento do departamento de futebol mostrou que ele disputou menos de 45% dos jogos do Atlético nos últimos 4 anos. Ele não tem na verdade uma história dentro do clube. Não me lembro de uma final em que nós contamos com o Dagoberto e que ele tivesse sido decisivo para a conquista de algum título. Nesses 143 jogos, ele fez em torno de 40 a 45 gols. É pouco para um atacante com este prestígio", afirmou.

As declarações provocaram reação indignada de Naor Malaquias, um dos procuradores do jogador. "É inadmissível que alguém de dentro do Atlético fale isso do Dagoberto", esbravejou. Em defesa do jogador, Naor lembrou que o atacante contundiu-se numa partida contra o Paraná Clube, em outubro de 2004, quando o Atlético era líder do Brasileirão. "Depois todos sabem o que aconteceu", falou. Recordou ainda que a volta do atleta coincidiu com a recuperação no brasileiro de 2005, quando o clube estava na zona de rebaixamento.

O procurador disse ainda quer o atacante poderia ter disputado a decisão da Copa Libertadores. "Dagoberto retornou contra o Coritiba na mesma semana das finais. Poderia ter sido inscrito na Libertadores, mas não foi porque o Atlético fez planejamento errado. Inscreveu atletas que nunca jogaram, enquanto o São Paulo agiu diferente com o Amoroso, que acabou sendo decisivo", disse.

O atacante ficou chateado principalmente por ter sido sacado do time titular sem maiores explicações, de acordo com seu agente. "Givanildo quer escalá-lo, mas não pode por causa da diretoria. Dagoberto honrou a camisa do Atlético e pretende continuar defendendo o clube. Querem jogar o atleta contra uma torcida que ele sempre respeitou", disparou Naor. 

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