?Caso Bruxo? volta a assombrar Moura, que será ouvido pela Polícia Civil

Foi uma semana para Onaireves Moura jamais esquecer. Depois de ter sido derrotado pelo Atlético na indicação do estádio para a Copa de 2014, e de ser condenado a três anos de suspensão por irregularidades na administração da Federação Paranaense de Futebol, o cartola se vê novamente enrolado com o ?Caso Bruxo?. Ele e todos os demais citados nos inquéritos que identificaram o esquema de corrupção no futebol paranaense terão que se explicar à Polícia Civil.

O processo com quatro volumes e cerca de mil páginas foi remetido pela Justiça ao 6.º Distrito Policial, com sede no Cajuru e em cuja área de abrangência está o Tarumã, bairro da sede da FPF. Os volumes guardam informações colhidas nos dois inquéritos da Justiça Desportiva que apuraram a corrupção no apito paranaense. O primeiro terminou com a condenação de oito acusados no Superior Tribunal de Justiça Desportiva; o segundo, conhecido como ?Bruxo 2?, jamais foi julgado.

Depois do julgamento do ?Bruxo 1?, o então presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná, Bôrtolo Escorsim, entregou uma cópia dos processos à Procuradoria Geral de Justiça do Estado. Desde então o caso foi empurrado à Promotoria de Investigação Criminal, 1.º Distrito Policial e novamente PIC, mas sem resultados concretos.

Crimes comuns

Agora o ?Caso Bruxo? volta à esfera da investigação policial. E com ordem para que vá à frente. ?Vamos determinar diligências, ouvir testemunhas e intimar as pessoas mencionadas para depoimento. As investigações anteriores terão validade, mas serão refeitas quando houver dúvida?, explicou o delegado titular do 6.º DP, Dirceu Schactae.

O policial não quis antecipar detalhes, alegando ter recebido a papelada somente na última quarta-feira. Ele garante que começa a ouvir os envolvidos dentro de 10 a 15 dias.

Moura foi um dos denunciados no ?Bruxo 2?, assim como o ex-árbitro Amoreti Carlos da Cruz, os ex-diretores de arbitragem Fernando Luiz Homann e José Carlos Marcondes, e o diretor da Escola de Árbitros da FPF, Nélson Orlando Lemkhul. Contra Moura pesou uma denúncia, feita pelo apitador José Francisco de Oliveira (Cidão), eliminado do futebol no ?Bruxo 1?, de que negociou por R$ 50 mil uma partida da 2.ª divisão paranaense em 2000. Os auditores do TJD-PR identificaram na máfia do apito paranaense indícios de crimes comuns, como estelionato, extorsão e formação de quadrilha.

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