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| O técnico do Atlético pode sacar três titulares. |
São Paulo – A falta de espírito de Copa Libertadores poderá custar algumas cabeças na equipe do Atlético para a seqüência do torneio internacional e do campeonato paranaense. O técnico Casemiro Mior não gostou nada do que viu em Cali e contra o Londrina o time já terá algumas mudanças. O zagueiro Danilo, o meia Fabrício e o atacante Aloísio deverão ser as novidades no próximo compromisso pelo estadual. Amanhã, a equipe volta ao batente no CT do Caju e as novidades já poderão aparecer.
?Eu diria que todos os jogadores precisam estar atentos. Se os que entraram, entraram bem, alguém tem que sair. Agora, acima de tudo, são as atitudes, o trabalho. Estes jogadores têm demonstrado um bom desempenho nos treinamentos e entraram bem?, revelou o treinador rubro-negro. Apesar de polido e diplomático, o recado é claro: os atacantes Dênis Marques e Lima, o volante Rodrigo Souto e até o volante/zagueiro Cocito deverão deixar a equipe. Este último poderá voltar ao meio, sua especialidade.
Tudo porque nos momentos finais da partida contra o América a equipe se portou bem melhor e levou mais perigo ao gol de Viáfara. ?Temos que recuperar o Aloísio e o Maciel porque são jogadores que nós precisamos dentro do plantel?, adianta. Além deles, Fabrício e Danilo também caíram no gosto do treinador. ?A entrada do Fabrício, do Aloísio e do Danilo mudou o time, que ficou mais rápido, muito mais coordenado e a postura foi outra?, destacou.
Mas a bronca não pára por aí. A falta de disposição também foi apontada pelo técnico para as mudanças que deverão acontecer. ?Na Libertadores, nós precisamos de jogadores que queiram jogar, que assumam o jogo, que chamem o jogo para si. Eu diria que o Cocito, o Rodrigo e o Lima se esforçaram, mas a entrada dos outros melhorou a equipe e nós sabemos que a Libertadores é difícil?, disparou.
A partir de amanhã, Mior começa a trabalhar para tentar corrigir os erros, principalmente o terror do Atlético nos últimos tempos: a bola aérea. ?Infelizmente, no futebol brasileiro, o jogador não gosta muito de fazer esse treino, mas vamos ter que fazer porque na Libertadores os adversários jogam muito na bola aérea?, lamenta. A marcação também será corrigida e o treinador deverá trocar a zona pelo homem a homem.
Folga depois do périplo da volta
São Paulo – Após a partida de ontem contra o América de Cali, pela Copa Libertadores da América, a delegação do Atlético voltou à sua maratona área de volta a Curitiba. A saída de Cali estava prevista para as 8h03 e a chegada no Aeroporto Afonso Pena às 23h10, sempre na hora local. Hoje, os jogadores realizam apenas um trabalho leve, para ?tirar o avião do corpo?, e amanhã ganham folga. O próximo compromisso do rubro-negro será contra o Londrina, quarta-feira, pelo campeonato paranaense.
Assim como a viagem de ida, a volta também não seria das melhores. Saindo de Cali, a delegação fez escala na Cidade do Panamá. Da terra de Baloy, o avião partiu às 11h15 (13h15 em Brasília), com previsão de chegada na capital paulista às 20h15. Mais duas horas de espera e todos fariam a última perna da turnê pela Colômbia.
Etto chegou e já treinou no CT
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| Etto começou a trabalhar ontem para ser mais uma opção na lateral-direita do rubro-negro. |
O meia Fernandinho pode comemorar. Dificilmente ele terá de voltar a jogar na lateral-direita, como aconteceu na campanha do vice-campeonato no Campeonato Brasileiro do ano passado. Com a contratação de Etto, a briga pela vaga na lateral-direita ficará entre ele e o atual titular da posição, Jancarlos.
?Certamente, o Atlético não terá mais problema na posição. Vim para disputar uma vaga na equipe titular?, afirmou o animado Etto, em entrevista à Tribuna. Revelado pelo Fluminense de Feira de Santana, o baiano passou também pelo Bahia, pelo Criciúma e pelo Paraná Clube. Mas está encarando a oportunidade de jogar no Atlético como a grande chance da carreira. ?A estrutura do Atlético já é mundialmente conhecida. Somando isso às boas campanhas do time em todas as competições que participa, dá um gás extra para qualquer atleta?, garante.
Justamente por acreditar nisso, Eto deu uma forcinha para que o seu empresário, Bob, fechasse contrato com o Rubro-Negro. A negociação acabou acontecendo porque o acerto entre o jogador e o Livorno, da Itália, não vingou. ?Deu uma grande confusão lá, prenderam presidente, caiu treinador… Acabei voltando e dando preferência para o Atlético.? Etto não soube detalhar a negociação, mas disse que com a assinatura do contrato, o Rubro-Negro recebeu 50% de seus direitos econômicos, ficando o restante com seu empresário. ?Ele os adquiriu com a diretoria de Criciúma, clube ao qual eu estava vinculado.?
Sem treinar desde dezembro, quando deixou a Vila Capanema, Etto já está trabalhando fisicamente no CT do Caju. Ontem, enquanto os companheiros que perderam para o América de Cali na quinta faziam a viagem de retorno à Curitiba, o lateral suava a camisa sob orientação da turma da preparação física. ?Este ano, treinei apenas duas semanas no Livorno. Agora, estou me desdobrando, especialmente porque para um lateral, mais do que para outros jogadores, a condição física é super-importante.? Como foi contratado na quarta-feira, o jogador foi inscrito a tempo para a disputa do Campeonato Paranaense e também deve ser inscrito para a Libertadores.
Atlético diz que vai ajudar Dênis
Se para o elenco atleticano a volta da Colômbia não foi das melhores – o time viajou o dia inteiro, carregando na bagagem uma derrota por 3 a 1 -para o atacante Dênis Marques a viagem foi ainda pior. Na última quinta-feira, a Fifa tornou pública a condenação do jogador na disputa judicial que ele trava com o clube que detém os seus direitos federativos, o Kuwait.
No ano passado, alegando não cumprimento de cláusulas contratuais, o jogador abandonou o time e conseguiu uma liminar na Justiça Comum, dando a ele o direito de assinar contrato com qualquer clube. Ele assinou com o Atlético, mas o Kuwait não desistiu e acionou a Fifa, que deu razão ao clube. Agora, o advogado do atleta, Mafuz Antônio Abraão, vai entrar com o recurso para reverter a pena -o pagamento de uma multa de R$ 700 mil ou a suspensão do atleta por 4 meses, a contar do início do Brasileirão. ?O recurso já foi elaborado e vamos dar entrada na semana que vem no Tribunal de Recursos Esportivos em Lausanne. Como temos como provar que o Kuwait não cumpriu o contrato inicial, assinado pelo Dênis no Brasil, estamos confiantes?. Por hora, o jogador pode atuar normalmente pelo campeonato paranaense e pela Copa Libertadores da América.
Diretoria
Diferente do que foi divulgado, o presidente do Atlético Paranaense, João Augusto Fleury, garante que o clube, apesar de ter sido notificado judicialmente, não pode ser penalizado. Isso, no entanto, não quer dizer que o clube não esteja empenhado em ajudar na defesa do atleta. Ciente da importância de Dênis Marques para o elenco, a diretoria já se disponibilizou a conversar com a diretoria do Kuwait para resolver a pendência.
