A Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense vai mesmo parar nos tribunais. Os dois clubes eliminados no quadrangular final protocolaram ações no Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paranaense de Futebol (TJD-PR) alegando que o campeão e vice do torneio (Iguaçu e Portuguesa Londrinense) cometeram irregularidades na disputa.
Conforme prometera na semana passada, o Cascavel entrou com queixa contra o atacante Gílson, do Iguaçu, que foi suspenso por 120 dias no dia 4 de setembro, mas entrou em campo três dias depois, diante do Engenheiro Beltrão. Contra a Portuguesa Londrinense, na última quarta-feira, Gílson estava escalado, mas minutos antes da partida foi retirado de campo. O atacante teria sido julgado à revelia (sem presença da defesa) e não houve recurso interposto.
O Cascavel também fez pedido de inquérito contra suposta irregularidade na inscrição de quatro atletas do Iguaçu, que jogaram pelo clube mas não tinham os nomes publicados no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. ?Pedimos que as ações sejam julgadas até a semana que vem para que o Cascavel possa disputar a primeira fase do Paranaense?, disse o advogado do clube, Hélder Vicentini.
CNPJ e alvará
Já a ação do Engenheiro Beltrão acusa o time de União da Vitória de não possuir Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) válido. ?São indícios de que o Iguaçu é um clube fantasma. Vamos pedir a anulação do campeonato e acionar também a Federação, por omissão no caso?, diz um dos advogados do Engenheiro, Osires Nadal.
O Engenheiro Beltrão pede ainda que a FPF e a CBF apresentem alvará profissional do Iguaçu, e que a Federação não homologue o resultado final da Segundona.
Em outra frente de ataque, o Engenheiro alega que o jogador Almeida, da Portuguesa Londrinenese, disputou de forma irregular a partida entre as duas equipes, no dia 7 de setembro. Três dias antes o jogador foi suspenso por duas partidas, mas havia cumprido a pena em apenas uma delas.
Todas as denúncias serão apreciadas pela Procuradoria do TJD-PR, que vai sugerir se elas irão ou não a julgamento.
