Com sua participação no Campeonato Paranaense ameaçada na última semana por conta de uma questão judicial envolvendo dívidas, o Cascavel Clube Recreativo confirmou que regularizou suas pendências e que vai entrar em campo no Estadual.
“Quero deixar claro que o torcedor pode confiar que estamos trabalhando para resolver isso e chegar a um acordo, para então virarmos a página e pensarmos exclusivamente no futebol”, disse Tony Di Almeida, presidente do clube, ao jornal O Paraná.
As pendências financeiras eram remanescentes de outra gestão. Uma dívida contraída em 2009 e que não foi paga pela diretoria da época fez com que a Justiça bloqueasse os bens do clube do Oeste. A dívida era de R$ 22 mil, porém por conta do atraso no pagamento e dos juros, o valor devido passou para R$ 160 mil. A atual diretoria alegou que desconhecia essa dívida e que foi pega de surpresa com a ação cível instaurada.
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Segundo a assessoria de imprensa do clube, o acordo entre as partes já foi assinado e agora o clube está liberado para participar do Estadual.
Fundado em 2001 na cidade do Oeste paranaense a qual dá nome à equipe, a estreia do time na competição deste ano será no sábado, dia 19 de janeiro, diante do Athletico, em plena Arena da Baixada. O jogo, que acontecerá a partir das 17h, será marcado pelo retorno da equipe à elite do futebol do Estado. A última vez que o Cascavel CR disputou a primeira divisão do Paranaense foi em 2011.
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O nome da equipe pode até fazer com que alguém mais desatento se confunda, já que existem dois times que levam a serpente símbolo do município no escudo, mas pelas cores é fácil distinguir. Enquanto o irmão mais velho, o Cascavel CR – fundado em 2001 – tem a camisa tricolor vermelha, azul e branca, o time caçula, o FC Cascavel – que existe desde 2008 – traja o amarelo e o preto.
Uma das armas que o Cascavel CR terá em campo para esta desafiadora participação no estadual será a presença de seu capitão, o volante Hildo Queiroz. O jogador de 28 anos já teve passagem pelo Figueirense, Maringá FC e FC Cascavel e é uma das apostas da equipe.
Com cerca de 40 atletas em seu elenco, a comissão técnica ainda está fazendo uma peneira para que apenas 28 permaneçam para a temporada.
Com uma média de idade de cerca de 26 anos, o time tenta mesclar bastante entre a juventude e a experiência. O goleiro Marcos Paulo, por exemplo, tem 37 anos, enquanto o volante Calebe Dias e o atacante Dito têm 19.
Ainda sem técnico para comandar a equipe, o time cascavelense corre contra o tempo para fechar com um novo treinador. Na última semana, o técnico Allan Aal, que fez uma boa campanha no primeiro turno do Paranaense de 2018 com o Foz, pediu dispensa do Cascavel CR para assumir o Nacional na Série A2 do Paulista.
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Apesar dos sérios problemas enfrentados na pré-temporada, a expectativa do time é a melhor possível para seu retorno à competição.
“O nosso pensamento é fazer uma equipe competitiva, para que a gente possa avançar na competição e fazer um bom papel. A equipe estava há oito anos perambulando na segunda e terceira divisão, e agora volta para ficar”, analisou Di Almeida em entrevista à Rádio Banda B.
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