Casagrande, antes do sim, quer ouvir o Timão

São Paulo – Valter Casagrande Júnior, ex-atacante do Corinthians, é um dos seis nomes que podem substituir Geninho. Casagrande, atualmente comentarista da Rede Globo e colunista de O Estado de São Paulo, ainda não foi procurado pelos dirigentes corintianos, mas já aguarda uma proposta. “Se for, vou estudar com carinho.”

Casagrande gostaria de ter uma experiência como treinador. Se preparou para isso quando jogou na Itália. Chegou a fazer vários cursos de aperfeiçoamento. Mas para trocar a estabilidade como comentarista de tevê pela turbulência de técnico do Timão, teria de analisar com muito cuidado uma eventual proposta. “Antes de falar qualquer coisa eu gostaria de saber o que eles me oferecem. Me aventurar eu não vou. É claro que a chance de dirigir o Corinthians me seduz.”

Nos bastidores da Globo, porém, já se comenta que a própria emissora pode dar ?um tempo? para seu comentarista fazer uma experiência de seis meses no Corinthians.

“Acho que tenho conhecimento o bastante para ter sucesso na profissão, mas precisa ser algo muito bem discutido.” Embora não tenha experiência como treinador, Casagrande leva uma grande vantagem em relação aos outros nomes que estão sendo estudados pela diretoria corintiana: é bem visto pela opinião pública – especialmente pela torcida corintiana – e não está vinculado a nenhum clube. E com certeza, não seria tão caro quanto Émerson Leão, cujo bom trabalho com os garotos do Santos encanta o presidente Alberto Dualib. “Até 31 de dezembro, sem chances. Depois, não sei”, afirmou Leão.

De acordo com o vice-presidente Antônio Roque Citadini, o novo técnico do Corinthians deve ser alguém que suporte pressões, ?com pulso firme e personalidade forte?. O gaúcho Celso Roth tem essas características mas foi descartado, mesmo tendo sido oferecido por um empresário ainda em Caxias do Sul. Dos técnicos considerados mais ?light?, como Tite e Oswaldo Oliveira, também há problemas. Tite está empregado e já que só aceitaria ouvir uma proposta do Corinthians se fosse demitido – ou liberado – pelo São Caetano.

Quanto a Oswaldo Oliveira, que teve uma passagem com grandes conquistas pelo Parque São Jorge, o maior entrave é o próprio Citadini, que até hoje não ?engoliu? a participação de Oswaldinho no episódio em que o São Paulo tirou Ricardinho do Corinthians. Da nova geração, Paulo Bonamigo, que faz uma ótima campanha com o Coritiba, é um nome que agrada aos cardeais do Parque São Jorge. Mas poucos acreditam que ele aceitasse trocar de clube justamente agora, quando o Coritiba avança na classificação e tem boas chances de ficar entre os quatro que disputarão a Libertadores.

O ex-jogador Júnior, e que trabalhou como comentarista da Sportv até maio deste ano, é outro nome que pode surpreender.

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