O recurso do caso envolvendo a medalha olímpica retirada de Usain Bolt e da equipe de revezamento 4×100 metros da Jamaica nos Jogos de Pequim, em 2008, vai ser avaliado em novembro.
A Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) anunciou nesta segunda-feira que a apelação de Nesta Carter contra a desclassificação imposta pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) teve a audiência marcada para 15 de novembro. O veredicto deverá ser apresentado nas semanas seguintes.
Carter testou positivo para o estimulante proibido metilhexaneamina na reanálise feita no ano passado do exame antidoping realizado nos Jogos de Pequim. Ele e Bolt faziam parte da equipe de revezamento 4×100 metros que ganhou o ouro com um recorde mundial de 37s10. Na final, Carter largou e Bolt foi o terceiro a correr pela equipe que também contava com Michael Frater e Asafa Powell.
A desqualificação imposta pelo COI para Carter e a equipe de revezamento ocorreu em janeiro, estragando o feito de Bolt, que havia conquistado três medalhas de ouro – nos 100m, 200m e 4×100 metros – em três Jogos Olímpicos consecutivos, de 2008 a 2016. Além disso, levou a equipe do Brasil a herdar a medalha de bronze, com o ouro indo para Trinidad e Tobago e a prata ficando com o Japão.
Bolt disse em fevereiro que não estava “triste” por perder a medalha, mas que estava “esperando para ver se Nesta vai apelar”. A equipe jurídica de Carter pode até convocar Bolt para comparecer como testemunha na audiência, que deverá ocorrer em Lausanne, a sede da CAS e do COI.
Dezenas de atletas testaram positivo para substâncias proibidas no programa liderado pelo COI de reanálise com o uso de técnicas mais novas e precisas dos testes antidoping feitos durante Pequim-2008 e Londres-2012.