A Corte Arbitral do Esporte (CAS) marcou para a próxima segunda-feira o julgamento de 39 dos 42 atletas russos que foram desclassificados por doping dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014, e banidos para sempre das Olimpíadas.
Dois personagens-chave, Grigory Rodchenkov, médico que denunciou o escândalo da operação de doping, e Richard McLaren, investigador independente da Agência Mundial de Antidoping (WADA), irão testemunhar no julgamento por meio de uma videoconferência.
O tribunal informou que as audiências combinadas em Genebra devem durar seis dias. Um painel composto por três juízes ouvirá 28 casos e um segundo trio julgará outros 11. Os veredictos são esperados para o dia 2 de fevereiro, uma semana antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul.
Dos 42 atletas que entraram com recurso no CAS contra a suspensão de doping de 2014, três, que fazem parte do time de biatlo, ficaram fora do julgamento da próxima semana. O primeiro grupo de atletas que serão julgados são da equipe de bobsled, esqui cross-country, skeleton e patinação de velocidade. Neste grupo, estão atletas que continuaram a competir em corridas da Copa do Mundo não controladas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). No segundo grupo, de 11 casos, estão atletas de bobsled, luge e hóquei no gelo feminino.
A Rússia foi excluída de participar dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang e, por causa de escândalos de doping, teve que devolver, até o momento, 13 medalhas, quatro delas de ouro. Com a suspensão, a Rússia entrou em peso na CAS para reaver as medalhas perdidas nos Jogos de 2014.