Além de se preocupar com o rendimento do Atlético, o treinador uruguaio Juan Ramón Carrasco teve de enfrentar uma situação desagradável ontem, em Ponta Grossa. Membros do Conselho Regional de Educação Física do Paraná tumultuaram o vestiário do Rubro-Negro, sob a reclamação de que o treinador está exercendo ilegalmente a profissão. O conselho, segundo o fiscal Paulo Carvalho, exige que o treinador tenha formação acadêmica para dirigir a equipe, bem como os integrantes da sua comissão.
A entidade pretende fazer um boletim de ocorrência denunciando exercício ilegal da profissão. Porém, Carrasco tenta passar longe da discussão e ficar alheio às “acusações” para focar apenas na avaliação da partida de ontem. “Não conseguiu ganhar do Operário no ano passado, mas hoje é outra realidade. Respeitamos nossos rivais, mas sempre tratando de vencer”, disse.
Para ele, que mantém o discurso otimista após a segunda vitória no comando do Atlético, o mais importante são os três pontos. O treinador já viu evolução na equipe, mas também não se engana com os problemas que uma vitória pode mascarar. Porém, prefere não reclamar e apenas elogia seus jogadores. Isso devido ao fato de o time ter conquistado mais três pontos e ter conseguido uma evolução no setor ofensivo. O treinador havia cobrado bastante os atacantes nos treinos desta semana. “Eu gostei dos três pontos e do resultado. Melhoramos na parte ofensiva. A equipe foi mais compacta, soubemos defender sem estar todos lá atrás”, elogiou.
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