“Quem não se comunica, se trumbica”, famosa frase do saudoso comunicador brasileiro e “velho guerreiro” Chacrinha explica o fator que o técnico Paulo César Carpegiani e os jogadores do Atlético querem melhorar para tentar uma vitória no próximo domingo contra o Flamengo, na Arena da Baixada, e fugir da zona do rebaixamento.
Bruno Mineiro já havia comentado sobre a falta de conversa em campo na derrota contra o Palmeiras no último sábado e na coletiva de ontem no CT do Caju este assunto foi bastante citado. E Carpegiani não aliviou.
“Eu acho que [o Atlético] é uma equipe que tem esse defeito realmente e não sei como vamos tirar isso pois já é uma característica da personalidade dos jogadores”, analisou. O treinador até citou o fato de haver jogadores no futebol brasileiro que são milionários só por causa do grito, “mas que a bolinha é bem ‘pequenininha'”.
A ideia é que o Rubro-Negro seja um time de técnicos durante o jogo, para que a equipe consiga se armar e conversar mantendo sempre o diálogo entre os setores. Isso tanto na hora de se defender quanto para os momentos em que esteja com posse de bola.
“Eu quero que sejam 11 treinadores em campo. Eu cobro isso deles. Incentivo eles. O time não é meu. Tenho o poder de escalar, mas o time é deles. São eles que têm de gritar, acertar lá no campo”, resumiu.
Esta crítica quanto à falta de comunicação deve fazer uma vítima. O volante Vítor, que foi aprovando pela torcida, perdeu espaço já contra o Palmeiras. Ele sequer viajou para São Paulo mas garantiu ontem no CT que estava bem para jogar. No treino da manhã Olberdam foi testado ao lado de Chico e esta formação agradou o treinador.
“Eu preciso alguém que comande no meio, com mais experiência e talvez esse nome seja o Olberdam” foi o veredito. Carpa explicou que o fato de o jogador ter atuado no futebol europeu em campeonatos importantes. Esta aliás foi a mesma explicação para usar o zagueiro Gustavo Lazzareti no último confronto do Rubro-Negro.