Paulo César Carpegiani assumiu o Atlético no início de junho e esteve à frente da equipe em dois jogos antes da paralisação do Campeonato Brasileiro para a Copa do Mundo. Conquistou um triunfo, na Arena, contra o Botafogo (3 x 2) e perdeu para o Vitória-BA, em Salvador, por 1 x 0.

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Nesses jogos, viu deficiências no elenco e solicitou contratações. Além disso, detectou uma equipe abatida e sem muita comunicação. Quase quatro semanas após o início da intertemporada, o treinador conversou com o Paraná Online e falou sobre a evolução do seu grupo de trabalho e o que espera do Rubro-Negro no segundo semestre. Ele crava que o Furacão vai brigar pela parte alta da tabela. Confira:

Do torneio Cidade de Londrina, que o Atlético se sagrou vencedor, o que você tirou de positivo?

Carpegiani – Primeiro, que os titulares ficaram em Curitiba, aprimorando a parte física. Isso foi importante para a preparação. Mas o grupo que levei para Londrina se portou bem.

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Paraná Online –

Na parte defensiva foi muito bem e ofensivamente com um pouco de dificuldade. Fiquei satisfeito pelo empenho, porque o grupo demonstrou que tem condições. Vencemos um Corinthians quase completo. Gostei do Paulo (Paulinho, lateral-esquerdo) e do Leandro atuando pelo lado direito, enquanto não solucionamos o problema naquele setor.

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Paraná Online – Antes da interrupção do Campeonato Brasileiro, você disse que não conhecia o elenco e que precisava de tempo para avaliações. Como está agora?

Carpegiani – Já conheço o grupo e sei onde posso usar qualquer um dos jogadores. Improvisação somente em última instância. Acho que tenho jogadores para cada posição. Conheço meu grupo perfeitamente e sei quem pode render. Além disso, estamos fortalecendo esse grupo, que vai superar todas as dificuldades.

Paraná Online – Você está mudando a forma do Atlético jogar na parte tática. Vem testando uma linha de quatro na parte defensiva, com três zagueiros e um lateral esquerdo. É assim que o Atlético vai jogar?

Carpegiani – Estamos testando. Não tenho ainda aquele lateral-direito que corresponda com o que eu quero. Tenho o Wagner Diniz, que ainda não testei. Estou confiante.

O Leandro está atuando por ali e quero ter segurança no setor. Vou compensar com um atacante mais agudo no lado direito. Tenho que compensar a não subida do lateral com um atacante. Quero uma equipe segura atrás, rápida no meio e na frente. Esse equilíbrio é fácil de falar, mas difícil de alcançar. Estamos trabalhando para isso.

Paraná Online – O Atlético se acostumou a jogar nas últimas temporadas no sistema 3-5-2. Como você tem visto a adaptação dos atletas a essa mudança que você está processando?

Carpegiani – Estou gostando dos treinamentos. Eu tenho três zagueiros na formação do time, mas não jogo com três zagueiros. Só jogarei nesse sistema (3-5-2) em caso de uma necessidade. Quero enfrentar times que atuem com três zagueiros.

Paraná Online – No seu entendimento, o que mudou no Atlético desde a sua chegada ao clube?

Carpegiani – A motivação. O grupo está muito mais confiante O exemplo maior é o Rhodolfo, que está numa fase excepcional. Quando cheguei o grupo estava meio cabisbaixo e hoje está tranquilo. È um grupo que quer jogar. Eu gosto disso: de um time competitivo e que jogue.

Paraná Online – Até onde esse grupo do Atlético pode chegar?

Carpegiani – Quero chegar lá em cima. Ter ambição sempre. Time sem ambição é melhor fechar as portas. Quero um Atl&eacut,e;tico ambicioso. Se vamos conseguir chegar lá em cima, eu não sei. Porque é fácil eu falar aqui. Mas quero um time que jogue em função do gol. Acho que vou conseguir.

Paraná Online – Se fosse para você impor um objetivo, conquistar uma vaga para a Libertadores estaria bom?

Carpegiani – Não quero colocar objetivo nenhum. Vou pagar para ver. Com exceção do time que já está lá em cima, que é o Corinthians, todos querem se distanciar da parte de baixo (da tabela) o mais rápido possível. É isso que queremos também.

Paraná Online – É um novo campeonato após a parada da Copa?

Carpegiani – Eu quero encarar dessa forma. Quero buscar pontos. Jogando fora ou dentro de casa não vou modificar a forma de atuar do Atlético. Prefiro ganhar um jogo do que empatar três. Eu tenho ambição de ganhar e os jogadores vão ter que entender isso. Eles estão entendendo que é importante ser competitivo.