O treinador do Rubro-Negro, Paulo César Carpegiani, vai duelar com um pupilo na partida contra o São Paulo, às 18h30 de domingo, pela 13.ª rodada do Brasileirão 2010, na Arena da Baixada.
O time do Morumbi será dirigido pelo interino Milton Cruz, que foi trabalhar no time paulista por intermédio do próprio Carpegiani em 1999, quando este treinava o tricolor paulista.
Carpegiani soube da mudança no comando do adversário após o coletivo que o Atlético fez na tarde de ontem no CT do Caju. “Eu o conheço bem e fui responsável pela entrada dele lá, mas não acho que teremos vantagem neste aspecto”, refletiu o treinador. “Acho que ele tem o pensamento dele e a derrota na quinta não vai influenciar no modo como ele costuma armar a equipe fora de casa”, analisou.
Para reforçar que esta proximidade entre os dois profissionais não trará à tona um confronto em que um saiba do posicionamento tático por parte do outro, o técnico rubro-negro foi enfático. “O tempo e a vivência no futebol mudam o modo como a gente vê o jogo.”
A ideia é não levar em conta as últimas derrotas de ambas as equipes, pois Carpegiani quer recuperar o espírito do grupo que venceu bem o Santos, pela 10.ª rodada.
Pela situação do Atlético na tabela de classificação, “nós temos de conquistar os três pontos e independe o adversário”, resume. A explicação para este posicionamento, segundo o treinador, é que o São Paulo que entrará em campo não pode ser definido apenas pela derrota.
“Eu não sei o que seria melhor, pois se houvesse uma vitória talvez a equipe viesse com moral elevado, mais tranquila. E o fato é que [o adversário] é uma equipe forte, experiente e sempre tem de ser respeitada.”
Ataque
O que mais incomoda o comandante atleticano é o ataque. “Com os jogos eu vou testando e agora usei o Nieto para analisar o rendimento do time. Tenho que armar o time de acordo com as característica dos jogadores. O Paulo Baier precisa ficar perto do ataque, tem de estar criando para os atacantes. Se ele inicia [as jogadas] na frente, cria mais dificuldades para o adversário. E os atacantes precisam deste posicionamento”, destacou. Para ele, Guerrón precisa aparecer pelo lado direito do ataque, “por ser um jogador de flanco, forte, e com o tempo a equipe está se enquadrando”.
Além disso, Paulinho tem aparecido com bastante qualidade pela esquerda, como lateral. Segundo Carpegiani, esta virtude precisa ser explorada, “já que é importante o modo ofensivo que este lado me ajuda lá na frente”, destacou o treinador.