Paulo Baier é referência no meio-campo do Atlético e ganhou o apelido de “maestro” pela forma como conduziu o time nas vitórias que tiraram o clube da zona de rebaixamento à Série B de 2009.
No início deste ano continuou sendo o comandante dentro de campo, deixando clara a dependência que o elenco tinha de seus passes e, principalmente, jogadas de bolas paradas.
Agora, a história começa a mudar. Paulo César Carpegiani tem evitado utilizar o capitão em todos os jogos. O treinador nega qualquer atrito com o meia, que no empate diante do Corinthians, na última quarta-feira, teve uma boa atuação, mas acabou substituído.
O técnico insiste que a saída do “maestro” é uma questão de necessidade para preservação do atleta, defendendo sua importância nos jogos mais complicados. “Existe a necessidade de descanso. Jogo quarta e domingo desgasta. Vou continuar fazendo esse revezamento, quando achar que ele tiver que entrar dois jogos seguidos, ele entra”, explicou.
Baier até poderia ser escalado para o jogo de hoje, mas Carpegiani disse que precisa do meia renovado para o confronto de quarta-feira, frente ao Atlético-MG, na Arena da Baixada, e optou pelo descanso do jogador. “Não desmerecendo o Guarani, mas jogo de quarta será mais exigido, em um campo maior”, justificou.
Sem alternativa, o elenco parece estar se acostumando à ausência do “maestro” no meio-campo. Os elogios são constantes, mas a equipe já admite ter se adaptado sem Baier nos jogos em que ele é poupado.
“O Paulo (Baier) é uma peça fundamental no time, um excelente jogador. Mas o Branco (Branquinho) tem entrado bem e estamos suprindo o que está sendo pedido”, avaliou Leandro, que será o substituto de Wagner Diniz na lateral-direita.
Victor, que volta ao time diante do Guarani também é adepto do discurso de que o Furacão consegue ter bom rendimento, mesmo sem o experiente Baier. “É a superação de todos. De quem o professor (Carpegiani) optar. Até quem é improvisado tem que estar pronto para corresponder em campo”, destacou.