Carona suspeita na Divisão de Acesso do futebol paranaense

A Divisão de Acesso do Campeonato Paranaense volta a apresentar uma denúncia envolvendo arbitragem. Desta vez quem reclama é o Engenheiro Beltrão, que acusa o trio do apito de ter ocupado o mesmo ônibus da delegação da Portuguesa Londrinense antes e depois do jogo entre os dois times, no último domingo. O árbitro Sandro Schmidt, cujo nome foi citado, ameaça processar os autores da denúncia.

A Lusinha ganhou o jogo por 2 a 0, fora de casa, e praticamente eliminou o time de Engenheiro Beltrão da Divisão de Acesso. Schmidt expulsou três jogadores no primeiro tempo -um de cada time, após troca de agressões, e outro do Engenheiro, por entrada violenta. No segundo tempo, o assistente Aparecido Donizete Santana validou o segundo gol da equipe de Londrina, em lance contestado pelos donos da casa.

Depois do jogo, o Engenheiro Beltrão alegou que Schmidt, Santana e o outro assistente, Edilson Carlos de Almeida, chegaram no estádio e depois voltaram no mesmo ônibus da Lusinha. O presidente do Engenheiro, Luiz Linhares, garante que o tesoureiro da FPF registrou denúncias de torcedores sobre o fato, e que o técnico da Portuguesa, Dirceu de Mattos, confirmou a ?promiscuidade?. ?Vamos avaliar os documentos e estudar se há como oficializar uma denúncia no TJD?, disse o advogado do Engenheiro, Osires Nadal.

Desespero

Dirceu reagiu com uma risada ao saber que seu nome foi envolvido na história. ?Como é que eu vou trazer o árbitro no ônibus? Mas tem que dar um desconto, o Luiz (Linhares) está desesperado?, ironizou o técnico da Lusinha, que não vê má intenção nas arbitragens este ano. O árbitro classifica o relato de absurdo. ?Quem faz este tipo de denúncia sem provas merece processo civil e criminal?, dispara. Schmidt conta que saiu com seu carro de Apucarana, onde mora, apanhou Almeida na cidade de Nova Itacolomi e depois pegou Santana em Maringá. ?Chegamos no estádio duas horas antes do jogo. Deixei meu carro a uma quadra e meia de distância para evitar reações de torcedores exaltados. Voltamos logo depois da partida e refizemos o mesmo percurso?, relata, acrescentando que dispõe dos tíquetes com data e horário dos pedágios pagos no trajeto.

Schmidt, que apoiou as denúncias feitas por Evandro Rogério Roman contra árbitros corruptos em 2005, afirma que nem os jogadores do time da casa reclamaram das expulsões.

?E o segundo gol da Portuguesa foi claramente legal. Aparecido é assistente da CBF e jamais cometeria erro proposital. Que tragam as pessoas que nos viram saindo do ônibus. É uma história sem cabimento, de quem perdeu em campo e acredita em mula-sem-cabeça e saci-pererê?, detonou o árbitro.

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