Reserva em duas das últimas três partidas do Santos, o uruguaio Carlos Sánchez revelou nesta quinta-feira a sua insatisfação com a reserva no time do técnico argentino Jorge Sampaoli. “Sampaoli tem vários jogadores para utilizar. Óbvio que me incomoda, quero jogar sempre. Não gosto ver de fora, isso acontece com qualquer um. Me adapto rápido à situação, ele busca o melhor para a equipe, buscando outra característica. Temos que pensar em melhorar. Obviamente quero jogar sempre, mas depende dele. Estou sempre à disposição”, afirmou o meia.
Um dos candidatos para formar o setor de meio de campo da equipe da Vila Belmiro no duelo contra o Vasco, neste domingo, no estádio do Pacaembu, em São Paulo, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro, o atleta de 34 anos lembrou do último jogo entre as equipes na Copa do Brasil, quando os cariocas venceram, mas a vaga nas oitavas de final ficou com o time paulista.
“O nosso ponto de partida é não repetir os mesmos erros cometidos naquela partida (no estádio de São Januário, no Rio de Janeiro). Aquele não é nosso time. Nós sempre pressionamos. Não foi o que esperávamos, não jogamos da melhor forma”, disse o uruguaio.
Sánchez espera um Vasco mais motivado com a chegada do técnico Vanderlei Luxemburgo. “Não conheço muito o Luxemburgo, mas sei que é vencedor, de boa trajetória. Para eles é motivação extra, mas temos que pensar em nós, não no rival”.
Um dos destaques da equipe na boa campanha da competição nacional, o uruguaio assume o papel de termômetro do time, como uma forma de reivindicar um lugar entre os titulares. “É impossível dizer que vou jogar bem sempre, não tenho certeza. Trato de lutar, correr até a última bola. Sempre sinto que tenho responsabilidade de dar meu melhor. É uma responsabilidade linda, um termômetro para pensar e dar o máximo. Assumo da melhor maneira, lutando pela equipe e treinar melhor”, comentou.
Sobre a eterna discussão de o Santos jogar no Pacaembu ou na Vila Belmiro, Sánchez prefere não tomar partido. “Eu gostava muito de jogar na Vila, um campo que empurra, que sempre nos leva adiante. Temos ido muito bem lá. Mas a direção decide, não passa por mim. Eles decidem, temos que nos adaptar. Pacaembu não temos ido tão mal também, enchemos o estádio e a torcida nos pode acompanhar. Isso é importante”, disse.
O Santos está na quarta colocação do Brasileirão com sete pontos, mesmo número do vice-líder Palmeiras e do terceiro colocado São Paulo, que têm saldo de gols maior. O líder é o Atlético-MG com nove, o único clube com 100% de aproveitamento.