As saídas de Atlético e Coritiba da Primeira Liga parece não ter incomodado os demais clubes da competição, principalmente Fluminense e Flamengo, que eram convidados e tomaram as rédeas das negociações e acabaram sendo os mais beneficiados no acerto de divisão das cotas dos direitos de transmissão.
O presidente do tricolor carioca, Peter Siemsen, inclusive, criticou a postura do Furacão, reclamando de falta de bom senso por parte do time paranaense.
“O torneio vai ser mantido e provavelmente outros dois clubes devem ser convidados. Segue a vida. Acho que deve haver bom senso. Não houve bom senso mais uma vez por parte do Atlético, que é difícil mesmo. Já encarei isso em outras vezes. Para construir uma coisa é preciso ceder um pouco”, disparou o dirigente.
“É questão de visão política, algo normal. Não vejo maiores problemas. Transformar contrato comercial em instrumento político não é legal. Se seus objetivos são diferentes do grupo, é normal que se saia”, acrescentou ele
Eduardo Bandeira de Mello, presidente flamenguista, também minimizou a saída da dupla Atletiba e afirmou que a Primeira Liga é a competição mais democrática no Brasil.
“Cada um escolhe o que acha melhor. É um direito deles. A divisão de receitas… A divisão adotada pela Primeira Liga é a mais democrática do Brasil. Nem o Brasileiro é tão democrático assim. Eles decidiram sair, nos respeitamos. O campeonato continuará”, afirmou ele.
Por outro lado, o Atlético-MG, que dizia não ter datas disponíveis para disputar o torneio, continua na Primeira Liga. O Galo, ao lado de Fluminense, Cruzeiro, Grêmio e Internacional, faz parte do segundo grupo da divisão de cotas da televisão.