Restando apenas dez rodadas para o fim da temporada, o Paraná voltou a conviver com um velho conhecido. Desde 2007, o Tricolor vive uma via crucis contra o rebaixamento, seja no Estadual ou no Brasileiro. Na atual temporada, após figurar no G4 por quase um turno inteiro, ninguém imaginou que o Tricolor chegaria a esse ponto. Com um risco de 5,5% (segundo o chancedegol.com.br), o time de Guilherme Macuglia precisa de três ou até quatro vitórias para fugir da degola.
O capitão Cris, sem papas na língua, destacou uma série de equívocos cometidos pelo Paraná neste momento de queda livre. “Acho que todos, dirigentes e elenco, se iludiram com o que foi feito no início da competição. Os outros times se reforçaram, acordaram. Nós, ao contrário, nos acomodamos achando que estava tudo bonitinho”, disparou o jogador.
Pelas pal
avras do zagueiro, o Tricolor viveu de uma ilusão e, agora, tem dificuldades para encarar o choque de realidade que os recentes deslizes têm provocado. “Ou o grupo reage ou vamos ter dificuldades”, disse Cris, rotulando de “vergonhosa” a atuação do Paraná em Volta Redonda, diante do frágil Duque de Caxias. “Não podemos permitir um comportamento assim. Já bati de frente com a diretoria para defender companheiros. Agora, sou bem transparente e não tenho medo de dizer a verdade. Não admito perder na vontade e foi isso que aconteceu. Só quatro ou cinco jogaram e aí fica complicado”, detonou.
Na sua visão, o Paraná nunca teve um time brilhante. “Fizemos uma campanha marcante, no início, por conta da superação. Nunca tivemos uma grande vitória, como acontece com Portuguesa e Ponte Preta”, analisou. “Aqui, o que fazia a diferença é a força do conjunto. A vontade de cada um de vencer na vida. Não sei onde essa identidade se perdeu.”
Restam dez jogos, sendo que seis são contra concorrentes diretos pela sobrevivência na Série B. O Tricolor encara, em casa, ASA, São Caetano e Guarani. Fora, tem decisões diante de Vila Nova, Barueri e ABC. Todos, jogos de “seis pontos”.
