Pedro Geromel é um jogador de carreira ímpar no futebol brasileiro. Contrariando o tradicional, ascendeu na carreira e se tornou ídolo de uma torcida já com idade “avançada”. Chegou ao Grêmio em 2014, aos 28 anos, em uma aposta do diretor Rui Costa – hoje na Chapecoense. Até então, havia tido carreira exclusivamente em clubes pequenos na Europa. “Meu primeiro time grande foi o Grêmio”, lembrou o zagueiro e capitão gremista.

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“Os times que joguei nunca conquistaram título, mas eu sempre fiz o meu melhor por eles. Tive uma carreira muito feliz, acho que tomei minhas melhores decisões, mas quando tive a oportunidade de vir para o Grêmio não pensei duas vezes, justamente pela oportunidade de conquistar títulos”. No último ano, ele participou da campanha de dois: a Copa do Brasil de 2016 e, recentemente, a Copa Libertadores.

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Chamado de “Geromito” pela torcida gaúcha, foi ele quem levantou o troféu mais cobiçado das Américas no fim do mês passado. Agora, espera repetir o feito no Mundial de Clubes da Fifa. O time gaúcho faz o seu primeiro jogo na próxima terça-feira e se vencer deverá fazer a final contra o Real Madrid no próximo sábado. Seria a coroação de um ano perfeito – e um motivo a mais para buscar uma vaga na seleção que irá disputar a Copa do Mundo na Rússia. Confira a conversa do jogador com o jornal O Estado de S.Paulo:

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REAL MADRID – “Fomos campeões da Libertadores pensando passo a passo e é isso que a gente vai fazer. Vamos dissecar o adversário, estudar, ver as características deles. Primeiro vamos pensar na semifinal, e depois torcer para estar na final. Claro que temos essa expectativa, o Real Madrid é o maior time da atualidade, com os melhores jogadores do mundo”.

CRISTIANO RONALDO – “Joguei contra ele na Espanha. Acho que os números falam por ele. Tem média praticamente de mais gols do que jogos. É um jogador que atua nos melhores campeonatos do mundo e tem essa média. Nos últimos dez anos, ele ganhou cinco vezes o prêmio de melhor jogador do mundo – e quando não ganhou foi segundo. Não tem nem o que falar”.

RENATO GAÚCHO – “Ele comanda nosso time, é um gestor, todo mundo sabe que ele gere muito bem o trabalho. E também entende muito de futebol, tem um conhecimento muito profundo e passa todas as dicas pra nós. Ele prepara muito bem a gente”.

AUSÊNCIA DO MEIA ARTHUR – “É um jogador sensacional, de qualidade ímpar. Controla o jogo, é que tem mais técnica com quem eu joguei na minha vida. Ele vai fazer uma falta imensa, mas acho que no meio campo a gente está muito bem servido”.

INTERESSE DE OUTROS CLUBES – “Meu empresário recebe muitas propostas, sondagens. Até mim não chegou nada, sei que estão falando do Palmeiras… Eu estou muito feliz no Grêmio, não vejo por que sair agora. Estou muito satisfeito, focado em fazer o meu melhor”.

MELHOR TEMPORADA – “Eu pensei que 2016 tinha sido o melhor ano da minha carreira. Tive a oportunidade de estar no Prêmio Brasileirão, de ganhar outros prêmios individuais, de ter sido campeão, ser convocado pela primeira vez. Mas este ano fui convocado para a seleção de novo, fui campeão da Libertadores, estou no Prêmio Brasileirão mais uma vez. Tenho que trabalhar para ficar ainda melhor”.

SELEÇÃO E COPA DA RÚSSIA – “Tenho essa meta, com certeza. É este meu objetivo. A gente trabalhou o ano todo para isso, e eu sou muito grato ao Tite. Foi ele quem me convocou pela primeira vez, e sempre diz pra gente trabalhar e fazer o nosso melhor para termos uma chance na seleção. Foi assim que eu cheguei, fazendo meu melhor pelo Grêmio, e espero voltar”.

ASCENSÃO NA CARREIRA – “Nunca tive a oportunidade de jogar em time grande, meu primeiro time grande foi o Grêmio. Os times que joguei nunca conquistaram título, mas eu sempre fiz o meu melhor por eles. Tive uma carreira muito feliz, acho que tomei minhas melhores decisões, mas quando tive a oportunidade de vir para o Grêmio não pensei duas vezes, justamente pela oportunidade de conquistar títulos”.

PAULISTA E GAÚCHO – “Me considero um pouco gaúcho já. Tenho dois filhos gaúchos, um menino e uma menina. Não tomo chimarrão, mas tenho que aprender a fazer por ela (filha), que toma na escola com as ‘gurias’ que são amigas dela”.