Contra a burocracia

CAP S/A corre para conseguir a liberação de grana para Arena

Depois de os conselheiros do Atlético votarem a favor da oneração da Arena da Baixada, que será a garantia do quarto empréstimo para a conclusão das obras de remodelação e ampliação do estádio atleticano que o clube fará junto à Fomento Paraná no valor de R$ 65 milhões, a corrida contra o tempo agora é para conseguir a liberação das parcelas desta nova linha de crédito. Ontem, a CAP S/A – sociedade de propósito específico criada para gerir as obras da Arena – protocolou o documento que trata da garantia que será dada para obter os recursos do último contrato e a papelada começará a ser analisada hoje por técnicos do banco estadual.

Apesar da necessidade de agilidade na liberação das primeiras parcelas dos novos recursos, a análise de toda a documentação carece cuidado e não deverá acontecer no tempo que os gestores das obras imaginam. Constam no documento o detalhamento das 12 matrículas que a área do estádio atleticano possuía e que foram unificadas em uma única matrícula, agora avaliada em R$ 495 milhões. Depois do processo de análise do documento, os pontos do contrato precisam ser bem amarrados e o contrato precisa ser emitido e assinado por representantes do Atlético e da Agência de Fomento do Paraná. Na sequência, precisa ser registrado para depois o montante começar a ser liberado pelo banco estadual.

Segundo a previsão da CAP S/A, o valor do novo empréstimo será liberado em seis parcelas até maio, sendo duas por mês e já levando em consideração dois repasses no mês de março. Porém, a Fomento Paraná prevê que os repasses das parcelas do novo financiamento vão acontecer mediante cumprimento de metas neste período e com a programação feita pelo comitê gestor, que está tocando as obras desde o final de janeiro. Na ocasião, a comissão foi criada depois da visita do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, que constatou um atraso preocupante nas obras e ameaçou, inclusive, de tirar o Joaquim Américo e a cidade de Curitiba da rota da Copa do Mundo deste ano.

De acordo com as informações passadas pela diretoria de construção das obras da Arena da Baixada, no final do mês passado, antes de a última parcela residual de R$ 6,5 milhões entrar nos cofres do clube, no dia 28 de fevereiro, a CAP S/A tinha dinheiro suficiente para tocar as obras até a primeira semana de março. Com a entrada dos novos recursos, estima-se que há caixa para executar as obras em ritmo acelerado até o final desta semana. Assim, a entrada dos recursos do quarto e último empréstimo será fundamental para a entrega do estádio a tempo da realização do Mundial.

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