Canoagem brasileira quebra recorde de medalhas em Pan-Americanos

Neste sábado (28), último dia de competição da canoagem dos XV Jogos Pan-americanos Rio 2007, o Brasil entrou para a história da modalidade ao garantir mais três bronzes em sua coleção. A canoa, que nunca havia conquistado uma medalha em Pan, superou as expectativas e garantiu nestes dois dias de finais da canoagem uma prata e dois bronzes nas provas de C2 1000m, C1 500m e C2 500m, respectivamente. "Fizemos história aqui no Rio de Janeiro. Estes resultados foram muito importantes para desenvolvermos ainda mais a canoa, modalidade que tem um potencial muito grande no Brasil", desabafou Pedro Sena, técnico da canoa.

Hoje, no caiaque, o Brasil ficou com o bronze no K1 500m com o atleta Edson Silva, que junto com Guto Campos, Roberto Maheler e Sebastian Cuattrin na prova do K4 1000m, conquistaram, ontem, na Lagoa Rodrigo de Freitas, o sonhado ouro brasileiro para Cuattrin. "A canoagem brasileira está de parabéns. A quebra de todos esses recordes é reflexo do desenvolvimento da canoagem no Brasil. Agora é aproveitar um pouco a festa desta conquista e treinar muito para chegar em Pequim", disse Cuattrin que com os resultados ficou em quarto lugar com onze medalhas no quadro de brasileiros que mais conquistaram medalhas em pan-americanos.

Os estreantes, Roberto Maheler, Vilson Conceição, Wladimir Moreno e Nivalter Santos, começaram muito bem suas histórias em pan-americanos e também garantiram suas medalhas. Roberto sagrou-se campeão com a equipe do K4 1000m, Vilson e Wladimir ficaram com uma prata e um bronze nas provas do C2 1000m e 500m, e Nivalter Santos garantiu mais uma medalha para a canoa brasileira na prova do C1 500m, sua especialidade.

Para Wladimir Moreno a conquista das duas medalhas no Pan Rio confirmam a seriedade do trabalho realizado com a canoa do Brasil. "Este resultado também mostra o incentivo que a canoa recebeu dos atletas mais experientes do caiaque", avaliou.

No K1 500m, primeira prova deste sábado, Edson Silva ficou em terceiro lugar no K1 500m e abriu caminho para a festa da canoagem brasileiro no Estádio de Remo da Lagoa Rodrigo de Freitas. "Esperávamos ir bem neste Pan, mas nada comparado à emoção de conquistar medalhas aqui dentro do Brasil com esta torcida maravilhosa vibrando por nós em cada prova", comemorou Edson.  

Na última esperança de medalha do caiaque feminino, na prova do K2 500m, a embarcação brasileira composta por Naiane Pereira e Ariela Pinto virou na largada e não concluiu a prova, mas a esperança continua para o Pan de Guadalajara em 2011. "As meninas estavam nervosas depois do ocorrido. Agora vamos analisar o que aconteceu para corrigir esses erros", comentou Álvaro Koslowisky, técnico do caiaque feminino.

Para o presidente da Confederação Brasileira de Canoagem, João Tomasini Schwertner, as medalhas conquistadas pelo Brasil é fruto do trabalho da modalidade nos últimos anos. "Quero agradecer a todos que acreditam e apóiam a canoagem no país, desde parceiros, patrocinadores e dirigentes. Esse recorde quebrado aqui no Rio de Janeiro demonstra que nosso potencial é muito grande neste esporte que pode dar ainda muito mais resultados para o Brasil", declarou.

Agora a canoagem brasileira curte a festa desta quebra de recorde e se concentra para embarcar para a Alemanha onde participam do mundial da modalidade que acontece de 8 a 12 de agosto.

* Os brasileiros Guto Campos e Roberto Maheler podiam ter conquistado a medalha de bronze no K2 500m.  Os canoístas terminaram em quarto na prova, mas os cubanos que haviam chego em segundo lugar estavam com o peso da embarcação fora das regras internacionais da canoagem e assim seriam desclassificados da prova. Ao final de cada disputa, os quatro primeiros barcos são pesados, para conferência de pesos. Os cubanos estavam com um barco 200 gramas mais leve. Contudo, após o julgamento do caso, os árbitros decidiram por permanecer a prata com os cubanos.

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