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Foram conhecidos no último fim de semana, os campeões paranaenses de canoagem slalom e de descida, e de rafting. A prova, disputada no Rio das Cinzas, no município de Tomazina, Norte Pioneiro do Estado, foi a única realizada no ano para definir o título. De acordo com a Federação Paranaense de Canoagem (Fepacan), isso aconteceu por falta de apoio de outros governos municipais. A mudança de administração causada pelas eleições municipais também atrapalharam a realização das provas em outras cidades.
Nessa etapa única, os atletas competiram em duas categorias de canoagem slalom (sênior e júnior), canoagem descida (disputa única), e rafting, que contou com quatro equipes de seis componentes cada. Na canoagem participaram da etapa atletas de Tibagi, Tomazina, Londrina e Jaguariaíva, e convidados de Jaraguá do Sul (SC), Piracicaba e Piraju (SP). No rafting, equipes de Entre Rios do Oeste, Londrina, Jaguariaíva e Tibagi disputaram a competição.
As cidades de Tomazina e Londrina se deram melhor na competição. Na canoagem, caiaque K1 – sênior, o campeão foi João Vítor Machado, que integra a seleção brasileira. No caiaque K1 – júnior, o vencedor foi Fabrício da Silva Tosta, e no caiaque K1 – descida, o título ficou com Marcelo Carsten Neves. Os três atletas são tomazinenses. No rafting, quem fez bonito foi a equipe Patrulha, de Londrina.
Para o coordenador das seleções brasileiras, Argos Dias Gonçalves, que ajudou a organização do campeonato, a falta de incentivo é o principal entrave para que o esporte se desenvolva no Paraná e forme novos atletas. Isso seria fundamental para que o campeonato tivesse uma disputa mais acirrada, garantiu. "Temos grandes valores que não conseguem competir por falta de campeonatos. Isso é essencial para que uma atleta se desenvolva", disse Argos.
Ele também destacou a importância de se criar um vínculo entre os iniciantes na canoagem e no rafting com as competições. "São crianças de 12, 13 anos, na idade ideal para começar no esporte, que já participam dos campeonatos. Só assim é possível crescer e criar novos praticantes", completou.
O próximo passo, segundo Argos é a convocação dos atletas para a seleção brasileira. Em 2005, o grupo inicia a preparação para o Pan de 2007, no Rio.
Apoio de R$ 2 mi à modalidade
O governo federal, por meio do Ministério dos Esportes, assinou no início do mês, um convênio no valor de R$ 2,12 milhões com a Confederação Brasileira de Canoagem (CBCA), para implantação do Projeto Canoa Brasil. Essa iniciativa está possibilitando o atendimento a 15.200 crianças em 36 núcleos espalhados por todo o País.
O projeto proporciona, com a parceria das associações filiadas, a prática de canoagem, vôlei de praia e beach soccer (futebol de areia), com reforço escolar, alimentação, educação ambiental, educação para a saúde, atendimento médico, odontológico, psicológico e escola de informática. Esse convênio tem duração de dez meses e vai atender crianças e adolescentes entre 11 e 18 anos incompletos.
Ao final dessa parceria, cada município decide se continua com o atendimento. A expectativa é abranger cerca de 25.600 crianças e adolescentes em todo o país, chegando à implantação de 64 núcleos. Além disso, outro convênio será firmado com a Academia Olímpica Brasileira, para levar noções de Olimpismo aos participantes do projeto, através de palestras de membros da Academia. No Paraná, a iniciativa já está funcionando nas cidades de Jaguariaíva, Tomazina, Tibagi, Castro e Telêmaco Borba, com aproximadamente 400 crianças em cada sede. Segundo o técnico da seleções brasileira de canoagem, o francês Alain Jourdan, esse é o caminho para que o esporte se firme no país. "As dificuldades são muitas e quando surge um projeto como esse deve ser aproveitado. Não adianta funcionar por dez meses, e depois deixar largado. Tem que ter continuidade. Além do benefício social, o projeto descobre talentos que estavam escondidos", afirmou.