A diretoria do Corinthians vive um momento curioso e também delicado. Diretor de futebol e um dos responsáveis por montar o elenco do ano que vem, Flávio Adauto foi anunciado como um dos vice-presidentes da chapa que terá Paulo Garcia como candidato à presidência do clube na eleição, marcada para fevereiro. A situação pode causar problemas no planejamento da equipe para 2018.
Adauto colocou o cargo à disposição do presidente Roberto de Andrade, por entender que ficaria uma situação constrangedora. A tendência é a de que ele deixe o cargo, mas ainda não há uma data específica.
Sem Adauto, que ao lado de Emerson Piovesan – atual diretor jurídico – estará na chapa que se intitula oposição, caberá a Alessandro Nunes, como gerente de futebol, a missão de continuar a busca por reforços e tentar definir a situação dos negócios pendentes.
Como por exemplo, a negociação com o lateral-esquerdo Juninho Capixaba. Nas conversas iniciais, o pedido pelo Bahia é considerado muito elevado por parte dos corintianos, mas novas reuniões ocorrerão nos próximos dias. O clube também procura por um zagueiro para suprir a saída de Pablo, que saiu do clube de forma conturbada após não acertar uma renovação de contrato que chegou a ser tida como certa que ocorreria.
Nos bastidores, a provável saída de Adauto não chega a ser considerada um problema grave para a diretoria, entretanto é tido como uma prova do quanto a atual diretoria está rachada.
Alessandro é quem toma à frente das negociações e Adauto aparece mais para fazer contatos com empresários e participar de encontro com atletas e comissão técnica, algo que não tem ocorrido nas férias.
O ex-lateral-direito, inclusive, deve permanecer no clube após a eleição, pois conta com o apoio de todos os candidatos ao pleito, que ocorrerá no dia 3 de fevereiro.