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Candidatos ao título brasileiro põem à prova as suas armas

O Campeonato Brasileiro deste ano já alçou cinco clubes à casa dos 40 pontos após 22 rodadas disputadas: São Paulo (46), Internacional (43), Flamengo (41), Grêmio (40) e Palmeiras (40) parecem ter fechado o grupo dos que vão brigar pelo título nacional, deixando cada vez mais distantes os times do bloco seguinte, casos de Atlético-MG (35) e Cruzeiro (31).

Curioso é observar que no comando dessas equipes da ponta há perfis dos mais variados tipos. Os veteranos estão representados pelo palmeirense Luiz Felipe Scolari. A escola estrangeira, pelo uruguaio Diego Aguirre. Há ainda o “boleirão” Renato Gaúcho (também o mais longevo no cargo), além dos representantes da nova safra, casos do flamenguista Maurício Barbieri e de Odair Hellmann, do Inter.

Ou seja, nem só de uma fórmula certeira vivem as equipes mais bem-sucedidas até aqui.

Há, no entanto, características similares que as conectam. O líder São Paulo e o ascendente Palmeiras, por exemplo, só deram um salto de qualidade na temporada depois das chegadas de Aguirre e Felipão.

Nesta quarta-feira, em Minas Gerais, o treinador são-paulino defende a primeira posição na tabela contra o Atlético-MG, às 21h45, no Independência. Mesmo diante de lesões e suspensões, vem mostrando nas últimas rodadas ter pleno conhecimento do elenco, a ponto de rodar as peças dentro do jogo de acordo com as circunstâncias, sem necessariamente recorrer ao banco.

O Palmeiras que recebe o Atlético-PR em sua arena, a partir das 21 horas, faz campanha de líder desde que Scolari substituiu Roger Machado no comando. Isso, mesmo com o gaúcho deixando claro que a prioridade são os torneios mata-mata (Copa do Brasil e Libertadores). Ainda invicto no Brasileirão, ganhou quatro e empatou duas.

“Estamos disputando com a intenção de chegar lá na frente, mesmo que às vezes eu altere cinco ou seis posições”, declarou Felipão, depois da vitória sobre a Chapecoense, domingo. Sua presença parece ter equilibrado o peso de um dos elencos mais badalados do Brasil.

Em comum, além de conduzirem suas equipes às primeiras colocações, há o fato de terem chegado faz pouco tempo: Aguirre iniciou seu trabalho em março; Scolari, no fim de julho.

No Beira-Rio, às 21h45, Odair Hellmann e Maurício Barbieri fazem o duelo dos ex-interinos. O técnico do Inter foi efetivado há mais tempo – novembro de 2017. O do Flamengo ganhou aval da diretoria no fim de junho. Ao lado de Jair Ventura, Alberto Valentim e companhia, integra a jovem geração que busca ofuscar nomes mais rodados. Hellmann tem 41 anos e Barbieri, 36 (quase metade dos 69 de Felipão, por exemplo).

No meio do caminho entre a velha e a nova safra, Renato Gaúcho desfila no comando do Grêmio, que só joga quinta-feira, contra o Santos, no Pacaembu. Craque como jogador, manteve a “marra” na função de técnico, algo que parece cativar o elenco, fechado com ele dentro e fora de campo. Não à toa, já acumula dois anos no cargo. Mesmo com o bicampeonato da Libertadores na mira – ganhou em 2017 -, ele promete manter o time no páreo no Brasileiro. “O Grêmio nunca deixou de brigar.”

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