Candidatos à presidência da FPF divergem sobre forma do pleito

Na acirrada corrida pela presidência da Federação Paranaense de Futebol (FPF), o modelo de eleição é mais um motivo de disputa entre as principais chapas. A escolha entre voto aberto ou secreto pode ser decisiva para a vitória de uma ou outra ala.

A chapa de Rafael Iatauro faz firme pressão a seus eleitores para optarem pelo voto aberto. Oficialmente, o secretário-chefe da Casa Civil não assume a preferência. Mas nos bastidores, seus aliados reconhecem que a força do cargo de Iatauro pode intimidar presidentes das pequenas ligas, muitas vezes dependentes dos benefícios estatais.

O atual presidente e candidato à reeleição Hélio Cury, ciente desta possibilidade, defende o voto secreto. ?Em todas as eleições há direito de opção, sem interferência externa. Já soubemos que há ligas recebendo pressão de prefeitos. Mas o voto será secreto?, afirma. ?Também acreditamos no voto secreto como melhor opção?, emenda o radialista Joel Klawa, porta-voz da chapa de Moacir Peralta, grupo que não foi registrado por problema burocrático, mas promete buscar judicialmente o direito de concorrer.

Estatuto

O próprio Estatuto da FPF, por sinal repleto de defeitos, alimenta novas discussões sobre o tema. O artigo 11, inserido no capítulo ?Assembléia Geral? diz que ?o voto será secreto nos casos de eleição e descoberto nos demais casos?.

Já o artigo 98, do capítulo ?Eleições?, diz que a assembléia tem autonomia para escolher o modelo eleitoral. ?As votações poderão ser realizadas por escrutínio secreto, por votação nominal em aberto ou por aclamação, bastando, para tanto, que a Assembléia Geral, por votação em aberto e por maioria simples, assim o decida.?

Esta opção foi adotada na última vitória de Onaireves Moura, em 2004, contra Hélio Cury. Por sugestão do então presidente do Coritiba, Giovani Gionédis, escolheu-se o modelo de voto aberto.

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