Candidato à eleição presidencial da Fifa, Chung Mong-Joon acusou o órgão máximo do futebol de tentar “deturpar” as doações realizadas por ele ao Paquistão e ao Haiti. O sul-coreano reagiu nesta quarta-feira às informações de que doações de US$ 900 mil em 2010 poderiam estar sob avaliação de investigadores que trabalham para a Fifa.
“Se estas informações forem verdadeiras, nós condenamos isso como um esforço cínico e antiético da Fifa para deturpar as doações de caridade para manipulação política”, disse Chung Mong-Joon, em comunicado divulgado pela sua instituição de caridade.
Todos os candidatos à presidência da Fifa precisam passar por uma avaliação de integridade pelo comitê de ética para terem confirmada a participação na eleição, marcada para 26 de fevereiro.
Na última segunda-feira, Chung Mong-Joon lançou sua campanha eleitoral com fortes críticas ao atual presidente da Fifa, Joseph Blatter, que foi seu colega por anos no comitê executivo da entidade.
Chung era o vice-presidente asiática da Fifa há cinco anos, quando ele prometeu US$ 400 mil para projetos de futebol no Paquistão após inundações no país. A Confederação Asiática de Futebol também doou US$ 250 mil, a serem supervisionados pela Federação de Futebol do Paquistão.
O sul-coreano também doou US$ 500 mil para projetos de futebol após um terremoto no Haiti, com o dinheiro sendo controlado por Jack Warner, de Trinidad e Tobago, hoje ex-vice-presidente da Fifa.
Magnata da Hyundai, Chung Mong-Joon perdeu a vice-presidência da Fifa para o príncipe Ali Bin Al-Hussein em janeiro de 2011. Sua fundação disse nesta quarta-feira que suas doações não estão ligadas somente ao futebol.
“Além de fornecer assistência de socorro ao Haiti e ao Paquistão, Chung fez várias doações pessoais de caridade, começando com o terremoto de 1999 na Turquia, os desastres em Bangladesh, o terremoto na China, e com fundos de ajuda a Mianmar após ciclone”, disse o comunicado.