Sem saudades

Campeonato Estadual termina sem nenhuma emoção

O Estadual 2010 acabou ontem. Talvez não vá deixar saudades, pelo Supermando e pelo baixo nível técnico da competição. Aliás, foi a despedida do supermando. Ainda assim, é o que temos. Foi pensando nisso que pais e filhos por diversas vezes deixaram suas casas e foram pro estádio, amigos debateram as tabelas analisadas e os torcedores ficaram na expectativa quase que até o fim. Por isso, a Tribuna separou alguns momentos especiais e que resumem o que foi nosso querido Campeonato Paranaense.

Coritiba

Redenção do Inferno verde
Depois do rebaixamento centenário no Brasileirão e da selvageria contra o Fluminense no Couto Pereira, vestir a faixa de Campeão Paranaense era obrigação para o Coritiba. Com o caneco em mãos, o Coxa agora segue mais feliz para a missão principal: a Segundona do Brasileirão, tendo que jogar pelo menos 10 partidas na catarinense Joinville, longe de sua torcida.

Atlético

Ressaca de primeira
Quase 20 anos depois de vencer o Estadual no Couto Pereira em um Atletiba, o Furacão dessa vez levou o troco. Perdeu o clássico e o bicampeonato, restando apenas um argumento diante das gozações alviverdes: “Pelo menos nosso time ainda é de Primeira”.

Paraná

Sem revolução e sem grana
A prometida Revolução Tricolor não veio e o Paraná passou boa parte do Estadual tentando superar ameaças de greve pela falta de pagamentos. Pra piorar, logo na reta final, o atacante Marcelo Toscano entrou na Justiça contra o time da Vila Capanema, pedindo liberação pra jogar em outros cantos e reclamando de uma dívida de R$30 mil que o clube teria deixado de pagar.

Iraty

Comemora onde?
O Azulão conquistou o título de melhor do interior, mas o povo de Irati ainda não sabe se poderá comemorar. Sérgio Malucelli, dono do time, montou um centro de treinamento em Londrina e já mandou toda categoria de base pra lá. O cartola foi visto diversas vezes com o prefeito londrinense, Barbosa Neto, e talvez ainda nessa semana comunique oficialmente a mudança.

Operário

Fantasminha camarada
A conquista de maior do interior não veio, mas pelo menos o Fantasma da Vila Oficinas tem algo a comemorar. Todo povo paranaense comemorou a volta do Operário ao grupo de elite do Estadual.

Paranavaí

O viajante do fim da linha
Dessa vez o ACP não ficou na 8ª colocação da fase inicial, mas voltou a honrar a alcunha de Vermelhinho do Fim da Linha. Como o Paranavaí jogou apenas duas vezes em casa na etapa final, o diretor Lourival Furquin chegou a reclamar: “Passamos mais tempo no ônibus que em casa ou no campo de futebol “.

Cascavel

Pagador de promessas
A Serpente não conquistou seu objetivo, que era ter calendário em uma competição nacional no restante do ano. Ainda assim, pelo menos, a atual diretoria já pagou praticamente todas as dívidas herdadas de antigas gestões.

Corinthians-PR

Sem bando de loucos
Para não dizer que assistir ao Timãozinho era chato, os parentes de jogadores, funcionários de Joel Malucelli ou os curiosos torcedores do xará paulista pelo menos poderiam ficar gritando: “Ronaldo. Brilha muito no Corinthians”. Porém, agora nem isso. O volante foi negociado com o Timão e o Parque São Jota ficará mais triste ano que vem.

Cianorte

Só na lembrança pela TV

Apesar de ter entrado no Paranaense 2010 com objetivo de se firmar na condição de melhor do interior, o Leão do Vale do Ivaí sequer se classificou para a fase final e seus torcedores terão que passar o resto do ano vendo o replay da vitória de 2005 contra o Corinthians de Tevez e Roger.

Rio Branco

Reforçado por Juninho
Pela terceira vez consecutiva o Rio Branco se livrou do rebaixamento nos acréscimos do campeonato. Nos bate-papos da Praça Fernando Amaro em Paranaguá, dizem que o goleiro Juninho foi o melhor do time, apesar de não ter custado nada. O arqueiro paranista defendeu um pênalti contra o Toledo no último lance do jogo, o que garantiu o tradicional Leão na elite do Paranaense.

Toledo

Rebaixado por um pênalti
O Porco do Oeste viveu uma situação parecida com a de uma narração usada no punk rock “Lá se vai o campeonato”, da banda Flicts – aquela do “Pato Branco vai no coração. Nos último lance do jogo contra o Paraná, pênalti pro Toledo. Leandro Bocão, na ocasião um dos maiores goleadores do Paranaense 2010, é o encarregado. Se a bola entra, o TCW empata o jogo e escapa do rebaixamento. Mas o goleiro Juninho defendeu e mandou o Porco pra Segundona.

Serrano

O sonho acabou…
A história do Estadual digna da Cinderela que não deu certo é do Serrano. Campeão da Terceirona em 2008 e do Acesso em 2009….faltava apenas conquistar a elite. O final não foi feliz e o time de Prudentópolis voltou pra Segundona, amargando lembranças como as do dia que tomou de 8 do Atlético na Arena.

Nacional

Roubaram até a dignidade
Rebaixado, com dívidas em toda Rolândia e correndo risco de fechar as portas. Essa foi a trajetória do único representante nortista no Paranaense 2010. Isso porque um grupo de cariocas comprou parte dos direitos da Royal Players para dirigir o NAC. Enquanto na cidade todos pensavam que a intenção dos ‘investidores’ era gastar no time que em 2009 havia ficado entre os 4 primeiros do Paraná, o que ocorreu no Nacional foi um verdadeiro calote de estimados R$400 mil na cidade. Os ‘empresários’ sumiram e agora ninguém sabe quem pagará a dívida do ex-time de Persius Sampaio.

Engenheiro Beltrão

Lanterna super-sem-mando
Diante dos conflitos entre o presidente do clube e a Federação Paranaense de Futebol, o time de Luiz Linhares quase nem jogou dentro de casa. O Estádio João Cavalcanti foi interditado, liberado e novamente vetado. Resultado: o Engenheiro Beltrão marcou apenas 5 pontos no Estadual, ficou na lanterna do campeonato e deu adeus de forma melancólica.

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