O foco do grupo está nos cinco jogos que restam ao time neste Campeonato Paranaense. A diretoria do Paraná Clube, porém, mantém uma visão mais ampla. Afinal, seis dias após o término do Estadual já começa sua caminhada na Série B do Brasileirão.
Por mais que a equipe tenha dado uma guinada e hoje briga pelo título da temporada, todos reconhecem que ajustes serão necessários. O gerente de futebol Beto Amorim trabalha diretamente nesse ponto: a busca por reforços, mas sem permitir um inchaço do elenco.
“Estamos fazendo contatos, mas sempre com muito critério”, disse Beto Amorim. Como ocorreu no fim do ano passado, antes de contratar, o clube irá recolocar atletas que não estejam nos planos em outros clubes ou rescindir contratos de forma amigável.
Por isso, o Tricolor não cita nomes e tenta atuar de forma sigilosa. A prioridade, hoje, estaria na renovação do contrato de três titulares. O volante Agenor, o ala Fabinho e o meia Lenílson têm vínculo com o clube somente até maio e se não houver novo acerto, estarão fora do time para a disputa da Série B.
“São jogadores importantes e estamos conversando, mas até o momento não há nada definido”, disse o gerente de futebol. A situação mais simples seria a de Fabinho, que, mesmo vinculado ao Cianorte, detém seus direitos federativos e pode negociar diretamente com o clube.
Já os casos de Agenor e Lenílson envolvem outras agremiações. O volante pertence ao Brasiliense, enquanto o meia tem seus direitos registrados no Jaguares, do México. “Ao término de uma competição, ajustes são normais. Só que não podemos ficar esperando, pois o tempo é escasso”, disse Beto.
O Paranaense tem sua última rodada prevista para o dia 3 de maio e no dia 9 (um sábado) o Paraná estreia no Brasileiro contra o Bahia, em Salvador. O observador técnico Wil Rodrigues já definiu uma lista de prioridades e agora o problema é encaminhar contatos e negociações.
“Trabalhamos com uma lista de três a quatro opções por posição que entendemos carentes”, disse Rodrigues, sem citar o volume de contratações pretendido. Ao contrário de anos anteriores, o Paraná não estabeleceu seu campo de observações apenas no interior paulista. Wil acompanhou também os estaduais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
“Temos que trazer reforços prontos para jogar”, lembrou Beto Amorim. “Neste Brasileiro, não podemos fazer apostas”. Com essa diretriz, o clube praticamente descarta a possibilidade de buscar algum jogador do interior do estado, diante do nível técnico do Paranaense 2009.
“Precisamos de jogadores com o perfil da Série B, preparados para as dificuldades que a competição apresenta”, completou Wil, citando como exemplo o recém-contratado Leandro, que chegou não precisou nem de dois jogos para assegurar seu espaço na zaga paranista. “Temos bons nomes em pauta. Agora, é uma questão de acelerar negociações”, arrematou Wil Rodrigues.