Maior nome da história do esporte olímpico do Panamá, o saltador Irving Saladino anunciou sua aposentadoria nesta quinta-feira, aos 31 anos. Medalha de ouro no salto em distância nos Jogos de Pequim, em 2008, quando era treinado pelo brasileiro Nélio Moura, ele chegou a tentar retomar a carreira de sucesso este ano, quando voltou a trabalhar com o treinador no Ibirapuera.
Paladino treinou em São Paulo, na pista do Ibirapuera, de 2004 até 2010. Da jovem promessa que chegou ao Brasil por meio de um programa da Federação Internacional de Atletismo (IAAF), Saladino passou a ser uma estrela do atletismo. Mas a saudade falou mais alto e ele decidiu voltar para a sua Cólon natal.
Campeão mundial em Osaka-2007, Irving deu ao Panamá sua primeira medalha de ouro olímpica ao vencer os Jogos de Pequim. Ao desembarcar da China, Irving parou a Cidade do Panamá com uma carreata de cinco horas.
Foi em 2009 que Saladino disputou sua última final em um grande torneio – no Mundial de Berlim, zerou todos os saltos. Competiu em Daegu, dois anos depois, e alcançou apenas 7,94m na qualificatória, insuficiente para ir à decisão. Para quem tem a oitava marca da história, 8,73m, obtida em 2008, era muito pouco. Depois, chegaram as lesões. Ele foi submetido a cirurgia no joelho esquerdo em 2012, mas recuperou-se a tempo de ir à Olimpíada. Em Londres, zerou na qualificatória e não defendeu o título.
De volta a São Paulo, conseguiu se classificar para o Mundial Indoor de Sopot (Polônia), em março, mas acabou fora da final, com 7,94m. Logo em seguida, foi ouro nos Jogos Sul-Americanos, com 8,16m. Desta forma, se aposenta como 15.º do ranking mundial da temporada.
“Depois de conversar com meus dois treinadores, Emilio Mora e Florencio Aguilar, decidi me retirar das competições depois de todas as lesões que eu tive nos últimos anos. Gostaria de agradecer a todos pelo apoio”, explicou Saladino.