Ainda comemorando o título mundial da Laser, conquistado sábado, no Omã, Robert Scheidt já tem que se adaptar a um novo barco. O brasileiro, que velejou por sete anos na Star, vai voltar à classe para participar, ao lado de Bruno Prada, da Star Sailors League (SSL), em Nassau (Bahamas), entre 3 e 8 de dezembro.
A Star, então a mais antiga classe no programa dos Jogos Olímpicos, não será disputada na Olimpíada do Rio, em 2016. Nem por isso ela deixou de reunir a nata da vela mundial. Assim foi criada esta nova competição, reunindo apenas 18 barcos, todos convidados. É o lançamento de uma liga que diz ter já 2.400 velejadores ranqueados.
“Vamos para a competição sem um grande preparo. Teremos três dias para treinar, mas não haverá pressão por resultados. Além disso, não dá para prever muito em termos de performance, porque é um evento profissional que está começando agora. Estamos indo para apoiar a competição, que será muito interessante, com a presença dos melhores do mundo, velejadores com quem disputamos em Londres”, comentou Robert Scheidt.
Scheidt e Prada disputaram seis vezes, entre 2006 e 2012, o Mundial da Star. Ganharam três vezes e foram ao pódio em cinco oportunidades. Neste ano, depois da classe deixar o programa olímpico, o Mundial reuniu praticamente apenas barcos norte-americanos em San Diego, com título do local John MacCausland. Lars Grael (com Samuel Gonçalves) foi o 17.º e melhor entre as quatro embarcações brasileiras.
Scheidt e Prada se mantiveram na liderança do ranking mundial da Star por 21 meses, entre julho de 2010 e abril de 2012. Os brasileiros também se tornaram a segunda dupla tricampeã do mundo na Star, igualando dois italianos campeões na década de 1950.