O veterano atacante Luca Toni anunciou nesta quarta-feira que está deixando o futebol profissional. Aos 38 anos, o campeão mundial de 2006 com a camisa da seleção italiana revelou que no domingo fará sua última partida como profissional. Ele entrará em campo pela última vez quando seu Verona encarar a campeã Juventus, em casa.
“Depois de muito pensar e de muitos anos de futebol, eu decidi que no domingo contra a Juventus farei meu último jogo como profissional no estádio Bentegodi. Venho pensando nisso há algumas semanas e foi uma decisão difícil e dolorosa. Deixar o futebol não é fácil, mas é o certo, em busca de manter o alto nível no futebol”, declarou.
Luca Toni fez sucesso no futebol como um clássico centroavante, daqueles que não são dos mais habilidosos mas sabem finalizar de frente para o goleiro. Na Copa do Mundo de 2006, foi titular na campanha da Itália, inclusive na decisão diante da França. Dez anos depois, não conseguiu evitar o rebaixamento do Verona para a segunda divisão do país, mas ainda assim avaliou como “especial” o adeus com a camisa do clube.
“Estou feliz por chegar a esta última página pelo Verona. A gente vem de uma situação estranha e de um ano ruim, mas vivi aqui três anos incríveis. O Verona fez eu me sentir um jogador de primeiro nível de novo. Será legal jogar meu último jogo no Bentegodi, definitivamente uma mistura de alegria e tristeza”, afirmou.
Toni foi duas vezes artilheiro do Campeonato Italiano, sendo a segunda já com a camisa do Verona na temporada passada aos 38 anos. Assim, se tornou o jogador mais velho a terminar a competição como artilheiro. “Foi uma das coisas mais bonitas da minha carreira”, recordou.
No total, foram 15 camisas defendidas pelo atacante em 22 anos de carreira, com destaque para as passagens por Palermo, Fiorentina, Bayern de Munique e Juventus. Depois de tanto tempo no futebol, o próprio Toni admitiu que ainda não sabe o que fará no futuro, descartou a possibilidade de ser técnico, mas admitiu que pode seguir vinculado ao Verona.
“Eu honestamente ainda não sei o que vou fazer. Fui pego de surpresa com a minha decisão e ainda não pensei no que farei. Se eu poderia ter parado antes? Eu comecei a jogar como criança, acho que o futebol é minha paixão, meu amor, e eu tive sorte de exercer esta profissão. Quando as coisas dão certo, é difícil parar. Quando algo ruim acontece, aí você para”, explicou.